A participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 foi a melhor da história. Com uma campanha vitoriosa, o país obteve 72 medalhas no total, ficando na 7ª posição geral. No quadro de medalhas, foram – 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze.
A melhor participação brasileira nos jogos contou com paratletas de Pinhais. Na bocha, foi registrada a presença dos irmãos Marcelo dos Santos e Eliseu dos Santos. Já no futebol de 5, o ala Tiago Paraná ajudou o Brasil a conquistar o Penta e no vôlei sentado, dois representantes, que são do Instituto Reagir, o atleta Alex Witkovski, e o auxiliar técnico da Seleção Feminina, Marcelo Francisco de Oliveira.
Os irmãos Marcelo e Eliseu são moradores do Maria Antonieta há mais de 40 anos. Embora não tenham subido ao pódio nas provas disputadas, representaram o país em mais uma paralimpíada, Marcelo foi para a sua segunda e Eliseu a sua 4ª. Agora o objetivo deles é se prepararem para os Jogos Paralímpicos de Paris, que ocorrerão em 2024. “Desta vez não conseguimos medalhas, fizemos boas provas no individual e em dupla, mas perdemos por detalhes. A participação foi boa, porque o trabalho foi bem feito. A campanha do Brasil foi boa, batendo o recorde de medalhas, e isso é maravilhoso, por isso é gratificante fazer parte deste momento histórico do esporte paralímpico brasileiro”, destacou Eliseu.
Já na modalidade do vôlei sentado, Pinhais esteve representada por dois integrantes do Instituto Reagir. Um é uma jovem revelação do vôlei paralímpico nacional, o jogador Alex Witkovski, que obteve com a seleção a quarta colocação nos jogos. Já Marcelo garantiu a medalha de bronze com a 3ª posição da equipe feminina. Formado em Educação Física, atualmente, ele é auxiliar técnico da seleção. Morador de Pinhais há mais de 20 anos, trabalha no vôlei sentado desde 2004, sendo que já trabalhou na Seleção Brasileira de Novos e Seleção Brasileira Masculina, no currículo tem títulos estaduais e nacionais.
Outro destaque foi a medalha de ouro conquistada pela Seleção Brasileira de Futebol de 5. No elenco, o ala Tiago Paraná. O jogador de 25 anos nasceu no município e atualmente mora no bairro Emiliano Perneta. Ele participou da sua segunda paralimpíada e contribuiu para o Brasil chegar ao Penta da categoria. No final de semana, para recepcioná-lo e comemorar o ouro, amigos e familiares organizaram uma carreata, que passou pelas principais vias da cidade. Tiago fez muitos elogios e disse que tudo que está vivendo gera um sentimento incrível, principalmente pelo reconhecimento. “As paralimpíadas tinham o risco de não ocorrer e depois de muito trabalho, felizmente, conseguimos trazer o título para o Brasil. O esporte paralímpico não tinha visibilidade. Nos jogos do Rio, em 2016, tivemos algumas transmissões e isso ajudou. Já nesta paralimpíada, tivemos mais transmissões. Aliás, o futebol de 5 foi transmitido em canal aberto pela primeira vez. Isso é a maior felicidade, e quando a gente volta se quer estar perto dos familiares e dos amigos. E o que fizeram hoje foi sensacional, só tenho a agradecer a todos pelo carinho e reconhecimento”, disse Tiago.