A partir do próximo dia 3, a gasolina comum terá uma nova composição atendendo as especificações estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Com a mudança na formulação, o combustível deverá ser mais caro, em compensação promete proporcionar maior eficiência energética, melhorando o desempenho dos veículos, diminuindo o consumo e a emissão de poluentes.
De acordo com a resolução da ANP, as empresas produtoras têm até o dia 3 de agosto para se adequarem às regras, data em que toda a gasolina deve seguir as novas especificações. Após este prazo, as distribuidoras terão mais 60 dias e os postos de combustíveis mais 90 dias para se adequarem, permitindo o escoamento da produção com a antiga formulação.
A nova composição da gasolina promete mais energia aos veículos e menos consumo, melhorando o desempenho, dirigibilidade e aquecimento do motor. Além disso, esta nova especificação mostra-se necessária devido às tecnologias de motores. Por outro lado, há uma grande apreensão por parte dos postos de combustíveis quanto ao valor que será estabelecido nesta nova gasolina.
Para o mecânico da Auto Center Mano a Mano, de Quitandinha, Dionatan Ramon, diariamente são realizados atendimentos em que os veículos apresentam problemas mecânicos devido ao combustível não ser de qualidade. “O sistema do veículo não consegue muitas vezes fazer a leitura da gasolina que está no tanque e por isso tem dificuldades para dar a partida ou mesmo apresentam falhas, como se estivesse pifando. Além disso, o desempenho em si é afetado”, pontua.
Somado a estes fatores, é bastante comum os veículos apresentarem problemas de ignição. “Em alguns casos, uma simples limpeza resolve, enquanto que em outras situações até mesmo o sistema elétrico é danificado, sendo preciso realizar a troca de peças que não atingiram nem metade da sua vida útil”, salienta Ramon, que orienta os clientes a utilizarem um outro combustível. “Somado a parte mecânica dos veículos, uma gasolina de melhor qualidade evita o consumo excessivo. Em testes que realizamos, constatamos uma diferença de até 20% na média que os veículos fazem”, finaliza.