quinta-feira, 28
 de 
março
 de 
2024

Alunos mudam de colégio para ter aula

Colégio Rui Barbosa, de Agudos do Sul, recebeu estudantes de outras cidades/Foto: O RegionalEnquanto continua a greve de professores da rede estadual de ensino, a APP-Sindicato, que representa a categoria, segue com a pauta de reivindicações. O destaque agora é o percentual do reajuste dos servidores estaduais, abrangendo mais categorias nas discussões com o governo. Os trabalhadores reivindicam um reajuste maior que os 5% propostos pelo governo, percentual este abaixo da inflação.
Na última terça-feira houve mais uma grande mobilização de servidores em Curitiba e algumas cidades do interior. E enquanto os professores seguem em greve, pais e alunos se mostram cada vez mais preocupados com a falta de aulas, apesar de haver a garantia de reposição.
Com isso, estudantes seguem buscando alternativas, estudando em casa ou procurando cursinhos. Em Piên, alguns foram além e chegaram até a mudar de colégio para ter aulas. Isto aconteceu com oito alunos do Colégio Estadual Alfredo Greipel Junior, de Trigolândia, que frequentaram o Colégio Frederico Guilherme Giese, do centro, nos últimos dias.
Eles procuraram o estabelecimento do centro na última semana. A diretora Simone Wendrechovski conta que não havia como negar vagas. “Porém, eles apenas assistiram aulas e não chegaram a efetivar matrícula. Com o retorno das aulas no Colégio Alfredo na última quarta-feira, já estão retornando para lá”, explica ela, contando que mais pais haviam feito contato pare verificar a possibilidade de mudança de local.
Simone explica ainda que já há um plano para reposição das aulas que foram perdidas. Alguns intervalos de professores que ainda estão em greve estão sendo usados para este fim. “No caso de alunos do 3º ano do ensino médio que estudam de manhã ou à tarde, está havendo reposição no período noturno”, completa, salientando que esta organização foi feita visando aproveitar ao máximo o tempo.
Em Agudos do Sul, o Colégio Estadual Rui Barbosa também foi procurado por estudantes de outros estabelecimentos. Alunos transferidos de outras cidades se tornaram estudantes no colégio. A diretora, Keila Fagundes, não confirma o motivo, mas a greve em outros municípios pode tê-los levado a isto.
Inclusive alunos do bairro Palmitos (divisa entre Piên e Agudos) que estudavam em Piên passaram para o Rui Barbosa em alteração que ocorreu no período em que os colégios pienenses estavam em greve. “Agora estão matriculados conosco”, conta Keila.
Já a aluna Letícia Caroline da Luz, de Areia Branca dos Assis, Mandirituba, sem outra alternativa, procura estar sempre lendo e estudando principalmente matemática para estar preparada quando as aulas retornarem em seu colégio. “Desde o início do ano fiz apenas um trabalho e uma prova”, conta. Ela teme perder o ano e diz ser difícil os alunos destas escolas concorrerem nos vestibulares com estudantes de colégios particulares ou de outros estabelecimentos que estejam em atividade.

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