As cozinhas brasileiras, seja em casa ou nos restaurantes, estão a todo vapor, preparando os pratos típicos à base de peixe e bacalhau. É uma tradição que reúne famílias em torno de receitas como bacalhau à Gomes de Sá, peixe frito ou moquecas, todas regadas a muito óleo vegetal. Mas o que fazer com o óleo usado depois do almoço?
Vitor Dalcin, diretor da Ambiental Santos, empresa com quase 30 anos de experiência na reciclagem de óleo no Paraná e em Santa Catarina, alerta que descartar esse resíduo de forma incorreta pode prejudicar o meio ambiente — e a solução está na reciclagem responsável:
“A Sexta-feira Santa é um momento de reflexão, tanto espiritual quanto sobre nossas atitudes. A reciclagem do óleo usado durante essa refeição tão especial é também uma forma de respeito à vida e ao meio ambiente”.
O impacto do óleo usado
Fritar peixe, preparar aquele bacalhau crocante ou até mesmo o óleo das latinhas de atum e sardinha geram uma quantidade significativa de resíduo, e o descarte incorreto — como jogá-lo na pia ou no lixo comum — torna-se um risco real. Estima-se que um litro de óleo pode contaminar até 20 mil litros de água, entupir encanamentos e poluir rios e solos.
Vitor orienta que a reunião familiar seja feita conforme a tradição de cada casa, mas que a garrafa PET seja uma aliada na hora do descarte do óleo usado:
“Pode parecer exagero pensar nisso em um momento como a Sexta-feira Santa, mas a contaminação do solo pode prejudicar muitas outras sextas. Se a utilização é em um restaurante, a coleta é gratuita. Se for em casa, basta levar a um ponto de coleta — não há desculpas”, finaliza Dalcin.