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2024

Agricultores apostam em ovos de galinha como alternativa de renda

Pienense Abílio Camargo detalha sobre produção média diária de ovos e a comercialização na região. Foto: Arquivo/O Regional
Dados do VBP de 2020 apontam que atividade rendeu R$ 8 milhões aos dez municípios da região

A diversidade agropecuária é uma realidade cada vez mais frequente nos municípios do suleste paranaense e centenas de produtores vêm buscando alternativas para fomentar a atividade no campo e complementar a renda.

Uma das atividades que vêm ganhando destaque são os ovos de galinha para consumo ou a criação de galinhas poedeiras. Conforme os números do Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2020, esta cultura foi responsável por render R$ 8 milhões aos dez municípios da região.

Produtor Jorge Buba conta como é desempenhada a atividade em sua propriedade e as vantagens da cultura. Foto: Arquivo/O Regional

Primeiro no município de Piên a receber o Selo de Inspeção Municipal (SIM), Jorge Buba conta que decidiu entrar neste ramo após incentivo do filho, que estudava em colégio agrícola e tinha conhecimento sobre galinhas poedeiras. “Meu filho fez um curso sobre a criação de aves e isso auxiliou para dar início às atividades. Hoje, tenho 470 galinhas com uma produção média de 440 ovos ao dia. A comercialização do produto é uma forma de complementar a receita junto com o fumo”, diz.

Buba, que mora na localidade de Lageado dos Martins, conta ainda que já está se preparando para o recebimento de novas aves para fomentar a produção. “No começo do próximo mês chegam novas galinhas que serão alojadas no novo barracão que já foi preparado. Nosso mercado hoje são os estabelecimentos comerciais e casas. É uma atividade que demanda dedicação e disposição para atender às aves, mas que dá um retorno positivo”, finaliza.

Há anos trabalhando com fumicultura, o também pienense Abílio Roberto Camargo buscou se reinventar na agropecuária e encontrou nos ovos uma importante fonte de renda à propriedade. “No início, a ideia era fazer algo com o morango e, após algumas análises, decidimos investir na criação de galinhas de postura. Houve a construção do barracão e em seguida alojamos as aves. Quando começamos, fazíamos a venda para a merenda escolar, porém, houve a necessidade do Selo de Inspeção Municipal, o SIM, para dar sequência à comercialização”, conta Camargo, que neste ano recebeu o tão esperado Selo. “Com certeza, o SIM abriu as portas para o mercado e a demanda aumentou.”, detalha.

Hoje, com 900 galinhas pondo cerca de 700 ovos por dia, o produtor vem obtendo bons resultados com o trabalho desempenhado. “Atualmente, comercializamos para restaurantes, padarias e para casas, com clientes já fixados. O ovo é um alimento que todos consomem e se mostrou viável para a propriedade”, avalia Camargo, que também pretende investir na produção de verduras. “Já paralisei com o plantio do tabaco e estou projetando o cultura de tomate e pimentão”, comenta.

O veterinários da prefeitura de Mandirituba, Achylles Martins Skrobot e Grassiele Gassenferth, e o estagiário da Secretaria de Agricultura, Gabriel Cruz, orientam aos produtores que já atuam na atividade e aqueles que pretendem iniciar no ramo sobre algumas atitudes que visam garantir o bem estar dos animais e a boa produtividade dos ovos, como ambiente apropriado, dieta balanceada e variada adequada à fase produtiva e atenção à saúde do animal. “Sempre que possível, entrar em contato com a prefeitura do município, para que junto com veterinários, zootecnistas e agrônomos, o produtor comece de forma correta, seguindo as normas sanitárias para início de construção, produção e adequação das aves e terreno, sempre visando o bem estar animal”, comentam os profissionais, reiterando sobre as vantagens da criação de poedeiras. “A maior vantagem, é, sem dúvida, a rentabilidade gerada pela produção de ovos, já que é um alimento que tem bastante procura, visto aumento do preço das carnes e, talvez, a principal desvantagem seja justamente o preço alto e investimento para construção do estabelecimento e manutenção das aves”, complementam.

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