No ODS-5 a Organização das Nações Unidas (ONU) traz a discussão sobre como devemos alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Primeiramente precisamos compreender que existem ainda muitas desigualdades na maneira como a sociedade trata os seus indivíduos. As jornadas de trabalho nem sempre são equiparadas e muitas vezes as atividades domésticas não são compartilhadas e muito menos consideradas como um trabalho.
As pessoas que estão empregadas ou procuram emprego compõem a chamada força de trabalho. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), antes da pandemia, no fim de 2019, a diferença de participação de brasileiros e brasileiras no mercado de trabalho era de 18,5 pontos porcentuais. Com a Covid-19 este valor chegou a 19,9 pontos. Hoje minoria no mercado de trabalho, as mulheres são maioria na população em idade ativa (PIA) representando 53,2% no terceiro trimestre de 2020.
Estes dados só trazem luz para a desigualdade e para isso a ONU propõem entre outras ações acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte; eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos; eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de crianças e mutilações genitais femininas; reconhecer e valorizar o trabalho de assistência e doméstico não remunerado, por meio da disponibilização de serviços públicos, infraestrutura e políticas de proteção social, bem como a promoção da responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família, conforme os contextos nacionais; garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública; assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos, como acordado em conformidade com o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento e com a Plataforma de Ação de Pequim e os documentos resultantes de suas conferências de revisão. Logicamente ainda há muito a ser feito, porém com um caminho cheio de objetivos que trarão êxito para aumentarmos a velocidade da redução das desigualdades.