Administração explica que, mesmo após publicação de portaria liberando os recursos, valores para o reajuste ainda não foram enviados aos municípios
O reajuste do piso da enfermagem voltou a ser debatido nesta semana em Piên. A portaria que designa repasse para que todos estes profissionais recebam o piso da classe foi publicada no Diário Oficial da União em 12 de maio deste ano, detalhando que o valor a ser repassado para o município é de R$ 130.725,00, sendo em nove parcelas de R$ 14.525,00.
Em sessão na última terça-feira no legislativo, alguns parlamentares solicitaram que a prefeitura conceda o repasse, indicando que este aporte financeiro já está nos cofres da prefeitura. Porém, a administração municipal esclarece que a publicação da portaria não reflete efetivamente no dinheiro em caixa.
A secretária de Saúde, Mayara Grosskopf, explica que a publicação apenas autoriza que sejam feitos os repasses aos municípios, o que ainda não aconteceu. “Importante esclarecer que uma portaria não é a mesma coisa que o dinheiro em conta. Isso não é exclusividade de Piên, nenhum dos municípios citados na portaria recebeu estes recursos. Todos estão em efetiva cobrança junto ao Governo Federal para que o repasse aconteça”, diz.
Ainda segundo Mayara, em Piên são 15 profissionais que terão direito ao reajuste, porém, a mesma portaria ainda cita que o valor a ser recebido deve ser dividido entre a rede municipal de saúde e também entidades filantrópicas, como é o caso do Hospital Santa Casa. “Conforme estudos da prefeitura o valor necessário para que todos esses profissionais alcancem o piso é de cerca de R$ 14 mil mensal, que é justamente o valor anunciado”, explica.
O prefeito Maicon Grosskopf comenta a importância da valorização de todos os servidores municipais. “Temos um carinho enorme e trabalhamos sempre para dar mais condições de trabalho aos nossos servidores, inclusive a valorização salarial. A exemplo dos demais servidores, os profissionais de enfermagem são extremamente importantes na cadeia de atendimento da saúde, e por isso estamos trabalhando fortemente para poder realizar este reajuste”, afirma.
De acordo com Grosskopf, existe uma grande pressão dos municípios para que estes recursos venham como aporte do Governo Federal, como aconteceu com o reajuste do piso dos agentes comunitários. “Porém temos que verificar a fonte correta, não é porque a portaria foi publicada que o dinheiro está na conta, isso não é realidade. Municípios que concederam tal reajuste sem os recursos acabam enfrentando problemas com os índices de gastos com pessoal, o que acarreta diversos outros problemas. Enquanto prefeitura reconhecemos o trabalho dos técnicos de enfermagem, e assim que recebermos estes recursos iremos conceder o pagamento do piso”, finaliza.