Pacote contempla novas duplicações, pavimentações e melhorias de rodovias e vias urbanas, além da construção de pontes e viadutos, modernização de estradas rurais e novas estruturas portuárias para potencializar o setor
Um pacote bilionário de investimentos em infraestrutura várias regiões do Paraná foi anunciado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, nesta terça-feira. As obras, que serão licitadas neste ano e iniciam até 2024, alcançam aporte de R$ 3,4 bilhões, contemplado novas duplicações, pavimentações e melhorias de rodovias e vias urbanas, além da construção de pontes e viadutos, modernização de estradas rurais e novas estruturas portuárias para potencializar o setor.
Estão previstas 16 grandes obras rodoviárias do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR) e da Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep), além de um pacote de revitalização de 195 pontes e obras de arte rodoviárias (trincheiras e viadutos), implementação do Moegão no Porto de Paranaguá e pavimentação de mais cerca de 75 quilômetros de estradas rurais, beneficiando de 20 a 30 municípios. Ainda, integra o pacote um aporte de R$ 100 milhões em projetos para dar início formal a novas obras em todas as regiões. São intervenções sonhadas pela população, mas que ainda não possuem um planejamento detalhado de implantação.
A partir da elaboração desses projetos construtivos, podem ser contratadas com mais agilidade nos próximos anos, gerando um novo ciclo de investimento de aproximadamente R$ 3,6 bilhões.
De acordo com o governador, esse novo pacote é parte do projeto implementado há quatro anos de transformar o Paraná no hub logístico da América do Sul. “Quando assumi, em 2019, criamos um Banco de Projetos para acelerar a contratação de estudos. Agora temos eles prontos e conseguimos viabilizar os recursos para executar mais um grande pacote de obras em todas as regiões. Quando essas obras estiverem concluídas teremos um Paraná cada vez mais integrado, receptivo a grandes investimentos e com qualidade de vida para a população”, disse.
O governador lembrou também que a essas obras anunciadas se soma um conjunto de intervenções já executadas ou em andamento, como a Ponte da Integração; a Ponte de Guaratuba; as duplicações da Rodovia dos Minérios e de trechos da PR-323 (Doutor Camargo e Umuarama), da PR-445 (Londrina), da BR-277 (Cascavel e Guarapuava), da PR-092 (Siqueira Campos) e da PR-317 (Maringá); da revitalização da PRC-280; da pavimentação Mato Rico-Pitanga e Irati-São Mateus do Sul; e das obras retomadas em acordos de leniência do antigo Anel de Integração, como a conclusão do Trevo Cataratas e novos viadutos na RMC e Campos Gerais, ou acordos judiciais, como os contornos de Arapongas e Jandaia do Sul.
Além disso, está em fase de construção com o governo federal o pacote de concessão de rodovias que prevê mais de R$ 50 bilhões em investimentos em 3,3 mil quilômetros. O modelo de leilão foi desenvolvido em conjunto pelo Governo do Estado, União, Assembleia Legislativa, setor produtivo e sociedade civil organizada e tem como base três premissas: menor tarifa, maior número de obras e transparência no processo.
Empregos – Estudos do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) indicam que as obras devem gerar cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos ao longo dos próximos dois anos na construção civil, indústria e comércio, além de representar impacto de 0,4 ponto percentual no crescimento do PIB em 2023 – variável que pode ser maior no futuro com a instalação de novos negócios nas regiões beneficiadas
Novo Contorno Sul de Curitiba – O novo Contorno Sul, considerada uma das principais obras da RMC, será uma continuação da atual PR-423, na ligação entre a Rodovia do Xisto, em Araucária, com Curitiba e Fazenda Rio Grande, na BR-116. O novo trecho contará com pavimento em concreto e irá funcionar como um segundo anel de desvio na região sul da Capital, tirando cerca de 25% do tráfego do atual Contorno Sul na interseção com a BR-116, na região do Ceasa.
Contratado pelo Estado por meio da Amep, o projeto executivo prevê que todos os 9,5 quilômetros de extensão serão em pista dupla, com ciclovias na marginal, iluminação pública e dispositivos de segurança. O projeto deverá ser entregue no segundo semestre de 2023 e a obra, estimada em cerca de R$ 550 milhões, já inclui os custos de desapropriação de áreas às margens da rodovia. A contratação deve ocorrer no começo de 2024.
Mandirituba e São José dos Pinhais – Outro projeto que atende uma demanda histórica da população da Região Metropolitana de Curitiba, é a pavimentação da rodovia de ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais.
O trecho parte do trevo da Volkswagen-Audi, na BR-376, em São José dos Pinhais, até a Rua Gilberto Palu, em Mandirituba, na ligação com a BR-116, com ciclovias em toda a sua extensão.
A estrada passa pela Colônia Marcelino, cria uma via alternativa para os municípios de Quitandinha, Agudos do Sul, Piên, Campo do Tenente e Rio Negro, localizado no chamado segundo anel da RMC, além de ser utilizada por agricultores.
A extensão que receberá a obra é de aproximadamente 26 quilômetros e o investimento, cujo contrato deve ser firmado no segundo semestre, está estimado em R$ 100 milhões.