Neste domingo, os brasileiros voltam aos seus colégios eleitorais para praticar aquele que é considerado o ato mais sagrado e precioso da democracia: o voto. Mais uma vez com a tarefa de decidir quem serão seus futuros representantes nas esferas estadual e federal, escolhendo por ordem de votação deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente.
Muito provável, que até a data de hoje o eleitor já tenha decidido quem merecerá seu voto na disputa presidencial e do governo estadual. Por outro lado, a escolha dos candidatos ao legislativo sempre fica para a última hora. É fato afirmar que apenas uma parcela mínima dos eleitores chegue até o antepenúltimo dia da campanha eleitoral com todos seus votos definidos.
Mas o fator de maior relevância nessa eleição não é outro que não seja a polarização entre as alas esquerda e direita. Nunca se viu uma disputa tão acirrada e de tamanhos ataques como o que estamos vivenciando neste ano. Estabeleceu-se no país um extremismo acima de qualquer parâmetro que se justifique comportamentos e posições que passaram a ser fatos diários na vida do país.
De tão polarizada que ficou, a eleição já é sinônimo também de preocupação, independentemente do resultado que se tenha. As ameaças que cruzam grupos de mensagens e redes sociais mostram o quanto ficou contaminada a disputa eleitoral por consequência do radicalismo exacerbado.
Essa preocupação se estende ainda para o pós-eleição. Seja A ou B o vencedor, como fazer para reconstruir relações e buscar a unidade na construção do país. Essa divisão que resultou em muitas discussões, ofensas, acusações e intrigas podem deixar sequelas que vão precisar de muito tratamento.
O brasileiro vai votar domingo e por algum instante poderá imaginar uma vida melhor, mesmo não sabendo direito se de fato isso será possível. O que é certo, seja qual for o resultado, que a vida continua e o pão de cada dia não cairá do céu, muito menos de mais uma eleição.