Campanha é desenvolvida ao longo do mês para reforçar a prevenção e controle da doença, comum nas classificações A, B, C, D e E
Ao longo deste mês, a campanha Julho Amarelo, instituída no Brasil por lei em 2019, busca reforçar as ações de vigilância, cuidados e controle em relação às hepatites virais. Em 28 de julho, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.
No Brasil, os tipos mais comuns de hepatites virais são A, B e C, mas existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D e o vírus E. Dados obtidos junto a plataforma Datasus, do Ministério da Saúde, indicam que no período de 10 anos, entre 2011 e 2020, último ano com dados disponíveis, as dez cidades do suleste paranaense contabilizaram 18 mortes em decorrência de hepatites virais.
Thais Dranka, profissional da Vigilância em Saúde de Agudos do Sul, explica que a hepatite é uma doença infecciosa e que afeta diretamente o fígado, podendo causar cirrose, câncer de fígado, entre outras consequências hepáticas, e variados meios de transmissão. “A Hepatite A se dá de forma fecal-oral, contato de fezes com a boca. A doença tem grande relação com alimentos ou água não tratados. Já a Hepatite B é transmitida pelo sangue e outros líquidos corporais, como em relações sexuais sem preservativo e compartilhamento de objetos cortantes sem esterilização, a exemplo dos alicates de unha. As Hepatites C e D também são transmitidas pelo sangue e outros líquidos corporais”, conta.
Segundo Thais, é importante estar atento aos sinais que a doença manifesta e reforça que diagnóstico precoce favorece o início do tratamento. “A do tipo A é assintomática, doença leve considerada benigna. Já a B se manifesta com acúmulo de líquido cavidade abdominal e dor, fadiga, falta de apetite, cor amarelada da pele e pálpebras dos olhos. A Hepatite C apresenta fadiga, cansaço, falta de apetite, cor amarelada da pele e pálpebras dos olhos. E a de classificação D é comum apresentar dor abdominal, fadiga cansaço, falta de apetite. A primeira forma de prevenção é tomando as vacinas de Hepatite A e Hepatite B, além de usar preservativo nas relações sexuais, e não compartilhar objetos cortantes e perfurantes”, comenta.
Ainda de acordo com a profissional, a equipe da Vigilância em Saúde do município tem feito uma busca ativa de não vacinados nas escolas municipais, estaduais e comércios do município, além do trabalho rotineiro dos agentes de saúde nas comunidades do interior. “A equipe da vigilância epidemiológica de Agudos do Sul ressalta aos moradores em observar suas respectivas carteiras de vacinas e deslocar-se até a unidade de saúde mais próxima para vacinação. Lembramos a população, em sempre procurar profissionais da saúde para sanar dúvidas sobre os assuntos, e não acreditar Fake News. Todas as vacinas são gratuitas e disponibilizadas pelo SUS. Não deixe de vacinar”, conclui.