Acontecem na próxima semana as reuniões para definir o preço do tabaco para a safra 2021/2022. Agendados para os dias 20 e 21 de dezembro, os encontros ocorrerão de forma presencial na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), na cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, e serão individuais entre a comissão representativa dos produtores de tabaco e as empresas fumageiras.
A comissão representativa dos fumicultores é formada pela Afubra e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Para o tesoureiro da Afubra, Marcílio Laurindo Drescher, é aguardada que a rodada de negociações ocorra de forma tranquila e se tenham resultados positivos. “Serão recebidas oito empresas para a definição do preço: sete delas, apuraram o custo de produção em conjunto com as entidades, e uma, que não apurou o custo em conjunto, mas aceitou o custo aferido pelas entidades”, explica Drescher, destacando que, conforme definição da comissão representativa dos fumicultores, ao fim da safra passada, somente serão recebidas as empresas que apuraram o custo de produção em conjunto. “Com isso, não precisamos abordar e comparar os custos de produção das entidades e das empresas. Podemos partir, de imediato, à negociação de preço, que, sabemos, o produtor já espera, com ansiedade”, pontua.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Piên, Agnaldo Martins, também fala sobre a expectativa em torno da definição de preços que valorizem a produção. “Houve o levantamento em conjunto sobre o custo da produção e que será apresentado no encontro visando essa definição dos valores. A expectativa é grande para que haja uma valorização do produto e, consequentemente, do trabalho dos fumicultores”, enaltece.
Tradicionalmente, as negociações do preço do tabaco sempre ficam para o mês de dezembro, justamente por causa da apuração dos custos da produção. Para a safra 2021/2022, conforme estimativa da Afubra, foram entrevistados 9.410 fumicultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em duas visitas, iniciadas em agosto deste ano e finalizadas no fim de novembro.