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2024

Marcado julgamento do caso dos crimes cometidos contra Loir Dreveck e Genésio Almeida

Réus chegando para audiências no fórum de Rio Negro em junho de 2017. Foto: Arquivo/O Regional
Em audiência realizada na última quarta-feira, julgamento foi marcado para o dia 21 de junho do próximo ano

Está marcado o julgamento do caso dos crimes cometidos em dezembro de 2016 contra o então prefeito eleito de Piên, Loir Dreveck, e contra o técnico de segurança Genésio de Almeida. A sessão do Tribunal do Júri foi agendada para o dia 21 de junho de 2022, com início às 8h30, em Vara Plenário do Tribunal do Júri de Rio Negro, comarca da qual Piên faz parte, na modalidade presencial.

O agendamento, oficializado nesta quinta-feira (07), foi deliberado em audiência de instrução realizada de forma virtual pela Justiça na última quarta-feira (06), envolvendo o Ministério Púbico e os advogados das partes envolvidas. Segundo informações do fórum, o próximo passo agora é fazer oficialmente a intimação dos réus e testemunhas para a data do júri. Também foi agendada para o dia 1º de junho a juntada de sorteio dos jurados, esta em formato virtual.

São réus no processo o ex-prefeito Gilberto Dranka e o ex-vereador e presidente da câmara de Piên, Leonides Maahs, apontados na investigação policial como mandantes do crime; Orvandir Arias Pedrini, conhecido como Gaúcho, tido como intermediário entre mandantes e executor; e Amilton Padilha, acusado de ser o atirador nos fatos que culminaram nas mortes.

O primeiro crime, na época, foi contra Genésio Almeida, que transitava pela rodovia PR 420, nas proximidades do bairro de Trigolândia; ele teria sido morto na ocasião por engano. Alguns dias depois, na mesma rodovia, no bairro Fragosos, Loir Dreveck foi baleado e acabou morrendo no hospital na mesma semana.

Cerca de um mês e meio depois, no dia 31 de janeiro de 2017, os suspeitos de envolvimento foram presos em uma operação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) em Piên. Em junho do mesmo ano, após audiências realizadas no fórum de Rio Negro, houve a sentença de pronúncia de que os acusados dos crimes fossem a júri.

Cerca de um ano após a prisão, Dranka e Maahs passaram à liberdade monitorada por tornozeleira eletrônica. Alguns meses depois, Pedrini também teve liberdade monitorada concedida. Já Padilha chegou a ficar preso em Santa Catarina, onde acabou empreendendo fuga.

Defesas – Claudio Dalledone Junior, advogado de Gilberto Dranka, disse que seu cliente é o maior interessado de que uma vez por todas ocorra esse julgamento. “Dranka é inocente. Foi envolvido em uma trama diabólica, de interesses políticos, econômicos e alguns inconfessáveis, que o fizeram ser tragado para essa acusação de homicídio”, declarou.

O advogado de Leonides Maahs, Nilton Ribeiro de Souza, afirma que esteve na audiência ocorrida quarta-feira para a marcação do júri popular. Ela aborda que a escolha da data foi um consenso entre as defesas. “Depois de algum tempo conversando, deliberamos essa data, para que todos pudéssemos participar sem precisar pedir adiamento desse júri”, comentou. Segundo Nilton, foi uma atitude muito aplaudida. Conforme ele, o júri deve começar no dia 21, podendo ser estendido por toda a semana. “A gente vê como extremamente positiva essa data, porque vamos poder demonstrar a inocência do nosso cliente”, finalizou, dizendo que mesmo depois de tanto tempo, o julgamento se aproxima. “A inocência de Leonides Maahs vai ser provada. Tudo ficará provado neste julgamento”, afirma.

A defesa de Orvandir Pedrini, representada pelas advogadas Marcia Ines Gottems Carneiro Lobo e Juliane Andressa dos Santos Testi, destaca a expectativa para o julgamento para que os fatos sejam devidamente esclarecidos. “Será um júri muito difícil, devido à complexidade do caso, que envolve duas mortes, e que deverá ser conduzido com toda a seriedade que merece, principalmente as famílias em luto eterno e em respeito ao povo de Piên. Mas esperamos que a justiça seja feita e que os fatos se comprovem apropriadamente”, afirmaram.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Amilton Padilha.

Acusação – O advogado Samir Assad, assistente de acusação, que representa as famílias das vítimas, disse que os familiares se sentem satisfeitos com a designação do julgamento. “Esperamos que todos os acusados sejam condenados nos termos da denúncia do Ministério Público e passem a cumprir pena”, declarou.

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