Conquistando cada vez mais adeptos em todo o Estado, as tradicionais Caminhadas na Natureza se tornaram um dos atrativos promovidos pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) com o objetivo de fomentar o turismo rural. Com o avanço da pandemia da Covid-19, ainda no início de 2020, o calendário de eventos foi diretamente afetado e os inúmeros eventos programados, inclusive para as cidades da região, foram cancelados.
Para 2021, apesar da expectativa para o retorno das atividades, a programação também permanece paralisada em conformidade com as normas sanitárias e demais legislações pertinentes.
A coordenadora estadual de Turismo Rural do instituto, Terezinha Busanello Freire, conta que, apesar da interrupção do calendário das caminhadas em 15 de março do ano passado, o setor do turismo rural ainda conseguiu se manter em evidência, principalmente motivado pela procura por espaços em que não houvesse aglomeração. “O turismo rural em 2020 cessou, no período de março a julho, ficando em stand-by, parando em quase sua totalidade. Porém, em virtude da pandemia, houve a retomada por ambientes ao ar livre e de natureza, e o setor ganhou um pouco mais de evidência de procura de destinos e roteiros”, detalha.
Em relação ao planejamento para 2021, Terezinha explica que o calendário para as Caminhadas na Natureza já está definido, porém, aguardando uma deliberação dos órgãos sanitários e acompanhando como será a situação da pandemia em todo o Estado. “Para janeiro e fevereiro não há circuitos planejados, começando com uma força maior em março e vamos sempre trabalhar com a autorização de cada município especificamente. Cada período será um cenário em relação à pandemia e vai depender muito de como estiver o ambiente para a liberação ou não das caminhadas ou pedaladas na natureza. É um trabalho que é feito em parceria com o município e temos consciência da importância de estar acompanhando a realidade de cada momento. Também estamos elaborando um material técnico com os protocolos indicando algumas informações para os circuitos e entendemos que as caminhadas podem ser uma atividade do turismo rural agora durante a pandemia, desde que cuidados sejam estabelecidos e não queremos promover aglomeração e nenhuma possibilidade de transmissão da Covid-19”, pontua.
Quanto às alternativas que podem ser adotadas pelas famílias atuantes no turismo rural nesta circunstância pandêmica, a coordenadora enaltece o modo como os produtores se reinventaram para evitar impactos mais fortes na atividade. “Alguns agricultores se reinventaram de formas muito criativas. A principal delas foi a elaboração de produtos que antes eram feitos especificamente para servir o turista lá na propriedade e acabou saindo para o consumidor normal”, ressalta Terezinha, considerando os desafios encontrados e superados no cenário do turismo rural e das caminhadas na natureza. “Todo esse cenário difícil trouxe novos desafios em se reinventar, criar novas opções e ter um olhar holístico para toda a propriedade e perceber o que tem lá e que o turista pode ficar interessado, transformando em um produto turístico. Apesar de todas as dificuldades, também houve algumas evoluções interessantes em do ponto de vista do turismo rural”, finaliza.