Para quem caminha em direção ao sol sempre será dia, já diz o ditado. Caminhamos hoje em qual direção? Neste período difícil para toda a humanidade devemos realinhar a rota de nossas vidas e programar um futuro melhor nas cidades. Não há como não termos cada vez a certeza de que como tudo está não ficará. A saúde em risco acabou nos fazendo refletir em nossas casas, no isolamento social, que podemos ser melhores inquilinos do planeta.
Transporte público de qualidade, seguro e ambientalmente correto passou a ser pauta de centenas de municípios. Ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas são fundamentais para proporcionarmos a incentivo necessário para a ampliação dos modais. Cada vez mais temos que priorizar o coletivo ao transporte individual em carros que só agravam a qualidade de vida de todos. O trânsito tem asfixiado as cidades!
A discussão nacional devido ao Marco Regulatório do Saneamento trouxe mais uma vez a dura realidade da distância que ainda temos do serviço de água e esgoto para todos os brasileiros. Drenagem urbana e limpeza pública ainda são carentes em várias regiões além ainda termos lixões a céu aberto. A simples separação dos resíduos em “seco e molhado” ainda parece ser tabu e prejudica o meio ambiente. Valorizar as cooperativas de catadores é preciso. Estes devem ser remunerados pelo serviço ambiental prestado.
O problema encontra-se em parte na falta de profissionais capacitados que assumem cargos de confiança em gestão ambiental e territorial. Precisamos incentivar e capacitar aqueles que desacreditaram do serviço público para que possamos ter uma melhoria considerável na vida das pessoas. As discussões existem, mas precisam avançar mais. Passamos do tempo do discurso e precisamos chegar no tempo da ação.
Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec
