A longa estiagem que afeta todo o Estado vem causando falta de água em várias cidades da região. Este problema tem atingido tanto os sistemas da área urbana, como também as comunidades da área rural onde os moradores possuem poços próprios que estão secando. Para amenizar esta crise hídrica, as prefeituras vêm adotando medidas emergenciais.
Em Tijucas do Sul, a Sanepar já realizou sistema de rodízio de água nas comunidades do Campo Alto e Rincão. “Esta medida paliativa foi adotada para diminuir o consumo e está sendo adotada em várias cidades do Paraná”, detalha o prefeito Cesar Matucheski. Paralelamente, a companhia de abastecimento está dando continuidade aos trâmites burocráticos para ampliar o sistema de captação de água no Rio Colono. “É um investimento orçado em R$ 4 milhões e que irá beneficiar o Centro e os bairros da Lagoa e Tabatinga. Senão tivermos demais complicações, em um prazo curto de tempo devemos ter o início das obras”, conta Matucheski.
Na área rural de Tijucas, a população também está sofrendo com a seca dos poços. “Muitos moradores têm seus próprios sistemas de captação de água, os quais estão ficando inativos devido à falta de chuva”, relata Matucheski. As comunidades mais afetadas são Ribeirão do Meio, Ambrósios e Várzea. “Estamos utilizando caminhões pipa para levar água e amenizar este grave problema”, destaca.
A seca dos poços também está afetando o perímetro rural de Rio Negro, com maior dimensão nas comunidades de Campina dos Martins, Queimado, Fazendinha 1, Campina dos Anjos e Sítio dos Hirts. “São mais de 120 famílias que estão sofrendo com a falta de água. Realizamos a locação de um caminhão pipa que está suprindo parte desta demanda”, relata o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Izonel Carrara, solicitando o uso consciente da água. “Estamos diante de uma severa estiagem e precisamos que as pessoas usem a água apenas para o consumo próprio e a higiene pessoal. Este desequilíbrio natural é visível no nível dos rios que cortam a região”, enfatiza.
Com uma grande área territorial, a Lapa é outra cidade que vem apresentando falta de água em várias comunidades, entre elas a Mariental. A prefeitura já contava com um caminhão pipa e fornecia mensalmente cerca de 700 mil litros de água potável, mas a demanda não estava sendo atendida. Com isso, o 15º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (GAC AP) cedeu um segundo caminhão e militares para auxiliar neste serviço. Este atendimento acontece em sistema de rodízio, sendo beneficiadas preferencialmente as famílias de baixa renda. A solicitação pode ser feita pelo telefone 156.