quarta-feira, 27
 de 
novembro
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2024

Meio ambiente e saúde formam um belo casal

Logo na nossa passagem por este planeta enfrentamos uma pandemia. Nossos avós enfrentaram uma Guerra Mundial e nossos bisavós também. Então não podemos nos sentir tão especiais assim. Outras pandemias e crises mundiais já ocorreram e a história da humanidade seguiu. Nos falta humildade e estudo sobre a história do planeta para percebermos o nosso real tamanho nos 4,5 bilhões de anos da Terra. O nosso primeiro registro fóssil tem 195.000 anos. Somos pequenos…

Passando por este sentimento sinto que nós nos distanciamos do meio ambiente a ponto de nós estarmos nos divorciando dele. Hoje estamos consultando advogados para acertar a partilha dos bens não aceitando que estes bens são o próprio ambiente. Não somos nada e nada temos. Utilizamos os recursos naturais como se eles fossem infinitos e poluímos o planeta como se a velocidade dele se regenerar fosse maior do que a nossa de destruir.

Bastou uma pandemia colocar as pessoas em casa para vermos os animais transitando pelas cidades e os rios voltando a ter sinais de vida. A atmosfera está menos poluída. Nós somos infinitamente menores que o planeta. Esta criação realizada por Algo Divino, e agora peço perdão aos amigos cientistas, é extraordinária. Divino porque a ciência não consegue explicar tudo o que ocorreu no planeta. O que trouxe o Big Bang? Como surgiram os elementos Carbono, Hidrogênio, Oxigênio e Nitrogênio que servem de base para tudo? Criação do homem não foi e achar que foi ao acaso me parece loucura.

Precisamos nos reconciliar com a nossa natureza porque se este casamento não der certo pagaremos com o preço de nossa saúde. Esta não é a primeira pandemia e muito menos será a última que presenciaremos. Hoje vírus e bactérias se locomovem pelo mundo inteiro de avião, trem, correios e navios. Não existem mais barreiras capazes de controlarmos. Devemos ser parceiros do planeta e não mais apenas usurpadores de recursos que podem acabar. A volta ao normal não existe mais porque o normal nos trouxe até aqui. Que este medo de sair de casa possa ser trocado pela assinatura de uma comunhão total de bens entre nós e a nossa única casa planetária.

Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec

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