O mês de novembro vem sendo dedicado à atividades de conscientização para a saúde do homem e o enfrentamento ao câncer de próstata. No entanto, as mortes por doenças cerebrovasculares, principalmente causadas pelo acidente vascular cerebral (AVC), acendem o sinal de alerta tanto para o público masculino quanto para o feminino para a adoção de medidas preventivas e mudanças de hábitos para evitar esta condição.
Dados obtidos pela reportagem junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, apontam que dos 72 óbitos relacionados à AVCs em 2017, último ano com dados disponíveis, 36 foram do sexo masculino e 36 envolvendo mulheres.
O médico cardiologista André Ribeiro Langowski, da Divisão de Risco Cardiovascular, da Secretaria de Estado da Saúde, explica que o AVC, ou derrame como é popularmente conhecido, é uma condição resultante da obstrução do fluxo de um vaso sanguíneo localizado no cérebro. “São dois tipos de AVCs, o isquêmico, que tem a ocorrência mais comum, e o hemorrágico”, detalha Langowski, apontando para os fatores de risco. “O primeiro fator determinante para o desenvolvimento de um AVC é a hipertensão descontrolada. Existem também condições como tabagismo, colesterol, sedentarismo, diabetes, dieta inadequada e a idade. O uso de anticoncepcional por mulheres fumantes acima de 35 anos também aumenta o risco”, aponta.
Ainda conforme o profissional, alguns sinais podem indicar a ocorrência de um derrame. “Podem ocorrer alterações na sensibilidade ou movimentos do corpo, como dificuldade na locomoção, fala e para enxergar. Um ponto que pode ajudar a identificar a enfermidade é pedir para a pessoa elevar os braços para frente, tendendo a não ter força em um dos membros; também solicitar para que mostre os dentes, podendo repuxar a boca para um dos lados; e para fechar os olhos com força e tentar abrir as pálpebras”, orienta o médico, destacando que durante a manifestação dos sintomas, deve-se procurar serviço médico o mais rápido. “Quanto antes for o atendimento, maiores são as chances de evitar sequelas no paciente”, orienta.
Por fim, Langowski indica as medidas preventivas e reforça que os cuidados com a saúde devem ser constantes. “As pessoas podem prevenir o AVC adotando uma vida saudável, controlando a hipertensão, evitando o fumo, praticando atividades físicas regulares e tendo uma alimentação correta”, finaliza.