Afeto, paciência e muita dedicação. Estes são alguns entre tantos adjetivos que definem o importante papel desempenhado pelos professores que atuam na área da educação especial. Na região suleste paranaense, conforme dados da Sinopse Estatística da Educação Básica, em 2018 eram 2.373 educadores em exercício nesta modalidade de ensino. Nesta semana, em que comemorou-se o dia do professor, a reportagem de O Regional ouviu histórias de profissionais que não medem esforços para levar a educação e novos conhecimentos aos alunos que possuem alguma necessidade especial.
Um destes exemplos é o da professora Claudia Stall Vieira, que atua na Escola Padre Ramiro, a Apae de Piên. “Iniciei a carreira na área da educação em 2013, no ensino fundamental regular, e neste ano passei a trabalhar com a educação especial. Sou pós-graduada em Educação Especial Inclusiva e decidi atuar neste meio observando a necessidade que os alunos têm em ter um profissional exclusivo para auxiliar nas atividades e na aprendizagem”, conta.
De acordo com Claudia, o trabalho com a educação especial exige do profissional a busca constante por materiais e conteúdos que contribuam para o ensino das crianças. “É necessário sempre estar adaptando o material para trabalhar com os alunos, pois cada um, mesmo que tenha um distúrbio semelhante, tem uma forma diferente de aprender. Temos utilizados jogos adaptados visando a inclusão de todos”, compartilha a professora, apontando o sentimento de gratidão em poder exercer a profissão. “Esta é uma vocação que demanda paciência e buscar atrair a atenção dos alunos para o conteúdo, sempre respeitando o tempo de cada um deles. E tudo isso é muito gratificante, por ver que seu trabalho está resultando no aprendizado e contribuindo para a formação das crianças”, finaliza.
Outra história marcante de amor à educação especial é da professora Norbena Maria Matias da Rocha, que há 17 anos atua na Escola Alice Santana Pinto, em Quitandinha. “Me formei professora e trabalhei dois anos na educação infantil e no ensino fundamental. Gostava do que fazia, mas não me sentia plenamente realizada, pois tinha a vontade de atuar na educação especial”, recorda Norbena, que buscou a capacitação e destaca esta experiência. “Com esta mudança eu consigo sentir a totalidade do aluno, é uma troca de carinho e de atenção muito grande, o que raras vezes se tem na educação regular”, salienta a educadora, que também atua como pedagoga na Escola Padre Antônio.
Para Norbena, cada pequeno avanço na evolução do aluno é uma grande conquista e sempre muito comemorada. “Com muita atenção, carinho e entrega de toda a equipe pedagógica é possível superar obstáculos que os estudantes apresentam. Em meio a tudo isso, nós, professores, mais aprendemos com eles do que mesmo ensinamos”, ressalta a educadora, que incentiva mais profissionais a se dedicarem à educação especial. “É uma experiência única e muito gratificante, que nos faz crescer como ser humano e conhecer verdadeiramente o significado da palavra amor”, conclui.