Um ato de amor e de grande importância para o desenvolvimento do bebê, a amamentação vem sendo tema de debates e ações de conscientizações em todo o país ao longo deste mês, em alusão à campanha Agosto Dourado. A iniciativa leva este nome porque a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o leite materno como o ‘alimento de ouro’ tanto para o bem estar das crianças, quanto para a saúde da mulher.
Conforme recomendação da OMS e do Ministério da Saúde, o aleitamento materno deve ser exclusivo por seis meses, e complementado até dois anos ou mais.
A pienense Ana Rita da Cruz Kurovski é mãe das pequenas Nathália, de um ano e nove meses, e Isabela, de apenas cinco meses, e reforça a satisfação em poder amamentar as filhas. “É um momento bem prazeroso. Eu amamentei a Nathália até os nove meses e a Isabela está exclusivamente no peito. No começo é difícil, requer muita dedicação e persistência”, compartilha Ana Rita, relatando a primeira experiência com a amamentação. “Quando eu tive a primeira filha, eu sofri porque ela não mamava, ela não conseguia pegar o peito, mas pedi ajuda no hospital e tive o apoio de como fazer. Mesmo em casa, ela ainda não tinha conseguido mamar, e aos poucos fomos evoluindo e ela conseguiu mamar no peito. Já com a Isabela, por ter um pouco mais de experiência, foi mais fácil e não tive dificuldades”, detalha.
Para Ana Rita, a maternidade é algo especial na vida da mulher e a amamentação é uma forma de intensificar este momento entre a mãe e filhos. “Além dos inúmeros benefícios que o aleitamento traz, cria esse vínculo mais forte entre mãe e bebê. Por isso, incentivo as mulheres que amamentem e vivenciem esta experiência”, conclui.
A enfermeira Nadir Hyrayama, da Secretaria Municipal de Saúde de Agudos do Sul, explica que o leite materno é um alimento completo, que ajuda a fortalecer a imunidade da criança, além de propiciar uma série de benefícios para a mãe. “O leite materno apresenta uma fácil digestão, contando com nutrientes e quantidade de água necessária, oferecendo anticorpos para a criança, ajudando na sua imunidade. Entre os benefícios para o bebê estão melhora no seu desenvolvimento, melhor alimento para intestino, diminui risco de alergia, evita cólica e ajuda no desenvolvimento da arcada dentária. Já para a mulher, pode ajudar a reduzir o peso mais rapidamente após o parto, ajuda o útero a recuperar seu tamanho natural, diminuindo o risco de hemorragia e anemia pós parto, reduz o risco de diabete e câncer de mama”, explica.
Ainda segundo Nadir, algumas medidas e cuidados são fundamentais para garantir uma boa amamentação. “A orientação é que, antes de amamentar, lave as mãos com água e sabão, e sentar em local fresco e confortável. Deve-se limpar a mama com próprio leite, se a mama estiver cheia com aréola dura, massageando e tirando um pouco de leite. Caso o bebê esteja chorando, acalme-o antes da mamada, encoste o bebê na sua barriga e a dele na sua, oferecendo uma mama de cada vez, recebendo o leite do final da mamada que é rico em gordura”, orienta a enfermeira, reforçando as ações realizadas em Agudos do Sul. “Estão sendo feitas palestras e reuniões, orientando sobre aleitamento materno, saúde do bebê e da mãe desde a gestação, parto e puerpério”, finaliza.