sábado, 23
 de 
novembro
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2024

Aonde foi parar o meu plástico?

Primeiramente, vamos destacar que existe diferença entre os conceitos resíduo sólido e lixo. Resíduos sólidos são todos os materiais que resultam das atividades humanas e que muitas vezes podem ser aproveitados tanto para reciclagem quanto para sua reutilização. Já o lixo tem como o seu principal componente a matéria orgânica sem valor ou utilidade. Neste artigo falaremos sobre um dos mais polêmicos resíduos sólidos: o plástico.

Logo ao acordar temos o plástico na embalagem da manteiga, do pão, da bolacha, do suco e da geléia. Chegando ao horário do almoço temos o plástico no copo, no canudo e na garrafa de suco. No café da tarde, temos o plástico do copinho de café e na embalagem do adoçante. No jantar, para não sentirmos saudade, temos o plástico na embalagem do sanduíche e do doce. Isso sem contar os plásticos utilizados para armazenar os alimentos que “sobraram” de algumas refeições.
P

recisamos falar sobre alguns dados recentes de um estudo realizado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF, sigla em inglês). Neste trabalho divulgado neste ano de 2019 vemos que o nosso país produz 11 milhões de toneladas de lixo plástico por ano. Este valor nos coloca como o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia. O país também é um dos que menos recicla este tipo de resíduo: apenas 1,2% é reciclado, ou seja, 145.043 toneladas. 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular e 7,7 milhões de toneladas ficam em aterros sanitários.

Este material pode levar até 100 anos para se decompor na natureza afetando a qualidade do ar, do solo e da água. Se vivemos ou não sem os plásticos, esta é uma pergunta que merece reflexão. Pelo menos diminuir consideravelmente o seu uso é uma obrigação moral já que o nosso planeta não comporta tanto plástico. Sobre o destino dele, no Brasil temos a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10). O destino de todo o plástico utilizado deve ser as Cooperativas/ Associações de Catadores de Materiais Recicláveis. Façamos a nossa parte!

Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec

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