segunda-feira, 25
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novembro
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2024

Dia Mundial do Meio Ambiente

A comunidade internacional demorou muito tempo para pautar a questão ambiental em suas políticas e ações. Em 1972, ocorreu em Estocolmo, capital da Suécia, a primeira grande reunião das Organização das Nações Unidas (ONU). Reunindo 113 países e mais de 400 instituições governamentais e não governamentais, a principal discussão foi a respeito do desenvolvimento humano e as suas contradições com o meio ambiente. Nesta conferência também foi instituído o Dia Mundial do Meio Ambiente, que passou a ser comemorado todo dia 5 de junho. Temos o que comemorar? Devemos comemorar?

Nesta semana na qual lembramos desta data trazemos a reflexão sobre o nosso papel como moradores deste planeta. A ciência que estuda a nossa relação com a Terra chama-se Ecologia. Etimologicamente, a palavra grega “Ökologie” tem origem dos termos “oikos”, que significa casa, e “logos”, que quer dizer “estudo” e tem como o seu “pai” o cientista alemão Ernest Haeckel em 1866. Guardado o lapso de tempo desde o início dos trabalhos de Haeckel até a década de 70 aonde a humanidade aparentemente “acordou” para a importância do meio ambiente em nossa vida, ainda temos muito para estudar com o objetivo de nos tornarmos habitantes melhores.

Talvez o primeiro passo para entendermos esta nossa ligação com o ambiente seja recapitularmos as aulas de ciências aonde discutíamos as cadeias alimentares e as teias que elas originam. Somos interligados com praticamente todas as espécies animais e vegetais do planeta de maneira direta ou indireta. Esta ligação tem inclusive nos mostrado o quanto a poluição da terra, ar e água tem afetado milhares de espécies inclusive a nossa. Nós os Homo sapiens, que apesar de na tradução latina deste nome sejamos os “homens sábios”, agimos cada vez com menos inteligência na defesa da vida.

Se a consciência da coletividade planetária ainda não aflorou do inconsciente coletivo que é constituído por traços herdados com raízes comuns a todos os seres humanos, devemos esperar que o sentimento de cuidar ou morrer tome conta de todos e passemos a dar o devido valor ao meio ambiente que é de propriedade dos mais de 7 bilhões de habitantes de nossa casa.

Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec

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