Com uma fila de espera muito extensa para consultas e exames especializados, a prefeitura de Mandirituba vem nos últimos anos fazendo altos investimentos e uma força tarefa para modificar este panorama. Através do Consorcio Metropolitano de Saúde do Paraná (Comesp), o município teve acesso a estes procedimentos a preços acessíveis e, com recursos próprios, investiu mais de R$ 700 mil em 2017 e 2018.
Segundo números apresentados pelo Comesp, em 2017, a prefeitura de Mandirituba aplicou R$ 235.164,23 e teve acesso a 41.568 exames e consultas, uma média de 3.464 atendimentos mensais. Já em 2018, o valor investido passou para R$ 465.306,76, sendo custeados 66.645 procedimentos, uma média mensal de 5.553 serviços. Somado a este mecanismo, a prefeitura conta também com um laboratório municipal, o qual realiza cerca de 3 mil exames laboratoriais por mês, além das consultas e análises especializadas fornecidas pelo governo do estado.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Gizelly Aparecida Leal de Camargo, através do Comesp foram zeradas as filas de espera em diversas especialidades, com atendimentos em clínicas particulares credenciadas. “Na questão de exames, um dos exemplos é a endoscopia, onde nos últimos dois anos foram realizados 246 procedimentos desta natureza, sendo que cada um custou à prefeitura R$ 132,00, valor bem abaixo caso o paciente pagasse de forma particular, algo próximo de R$ 420,00”, detalha Gizelly, fazendo um comparativo também com as consultas. “O atendimento de neurologista foi implantado pelo Comesp em maio de 2018 e, em pouco mais de seis meses, tivemos acesso a 167 consultas, as quais custaram ao município R$ 37,50 cada, sendo que o valor deste procedimento particular é em torno de R$ 250,00”, salienta. Com este investimento, determinados serviços são realizados com o intervalo de tempo de até uma semana.
Como o Comesp está se estruturando, alguns serviços ainda não estão disponíveis, fazendo com que haja grandes filas de espera para consulta, como é o caso do endocrinologista, gastroenterologista e reumatologista. “Em determinadas especialidades temos mais de 200 pessoas esperando por atendimento. Infelizmente, as esferas superiores, que são responsáveis por custear este serviço, liberam uma consulta por mês conforme a área solicitada”, lamenta Gizelly. Com isso, muitos casos clínicos se agravam e, quando atendidos, não têm acesso ao retorno. “Certamente, se não fosse o Comesp, teríamos um cenário ainda mais preocupante, com espera de anos”, pontua.
Segundo o prefeito Luís Antonio Biscaia, a Saúde é um dos setores em que a prefeitura tem mais destinado recursos. “Sabemos o quanto as pessoas sofrem por não terem condições de ter um atendimento especializado. Somos um dos municípios que mais têm investido no Comesp e estamos indo além das nossas obrigações como município e ao nosso limite para que a população seja atendida com respeito, qualidade e agilidade”, concluiu.