Embora enfrentando uma severa crise econômica, as prefeituras da região apresentaram uma arrecadação maior no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. No entanto, apesar da melhora nas suas finanças, o valor recebido em muitos casos não acompanha o crescimento dos gastos para manutenção da máquina pública.
Segundo números obtidos junto ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), nos primeiros seis meses de 2017 as dez prefeituras da região arrecadaram R$ 348.185.858,24, sendo que no mesmo período do ano passado o valor obtido foi de R$ 314.672.809,76, um crescimento de 10,65%.
De acordo com o contador Ricardo Casagrande, esta melhora nas receitas é resultado de uma maior arrecadação de impostos. “Este número também varia de acordo com os convênios obtidos por cada município. Se compararmos 2015 com 2016, teve prefeitura que cresceu apenas 1% e agora em 2017 teve mais de 14%. Por outro lado, tem quem havia tido um incremento de mais de 18% em 2016 e neste ano teve menos de 5%”, compara Ricardo. “A grande maioria das prefeituras está com as finanças equilibradas, gastando menos do que arrecadam. Somente os municípios que herdaram dívidas grandes que estão com uma situação mais delicada”, detalha.
Na região, Fazenda Rio Grande é o município que registrou o maior percentual de aumento da arrecadação, atingindo mais de R$ 106 milhões no primeiro semestre deste ano. “Este número evidencia o crescimento que a Fazenda está registrando e, certamente, esta melhora na arrecadação tem relação direta com o desenvolvimento local. Sendo importante lembrar que os recursos do governo federal, principalmente o FPM, ficaram nos últimos anos estagnados ou até mesmo diminuíram”, mostra o secretário municipal de Administração, Claudemir de Andrade. Ele enfatiza que apesar de ter a maior arrecadação entre as prefeituras, isso não significa que o município tem a melhor arrecadação per capita, que é o valor que a prefeitura recebe dividido pelo número de habitantes. “Junto ao acréscimo das receitas, registramos uma necessidade maior de ampliar o serviço público, principalmente na área da saúde e da educação, além de contratar mais servidores. Tudo isso depende de uma demanda de investimentos muito grande e de um trabalho bastante planejado”, finaliza.