O motorista que trafega pela BR 116, no trecho que corta Curitiba até a divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, já sentiu o novo reajuste na tarifa do pedágio. As novas tarifas, reajustadas em 16,68% nas praças de pedágio da Autopista Planalto Sul, entraram em vigor na última segunda-feira.
Os novos valores foram definidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), considerando, além da reposição acionária, o impacto da lei dos caminhoneiros, a qual prevê a não-cobrança dos eixos suspensos para caminhões vazios e o aumento da tolerância dos limites de peso, passando de 5% para 10%. Confira ao lado os novos valores.
De acordo com o diretor superintendente da Autopista Planalto Sul, Cesar Sass, os recursos arrecadados com a tarifa são revertidos em obras na rodovia. “A Autopista Planalto Sul utiliza os valores angariados por meio das tarifas de pedágio para modernizar a BR 116, sempre mediante o controle e fiscalização da ANTT”, afirmou.
O pagamento desta tarifa também divide opiniões. Há quem diga que esta manutenção das estradas não seria papel do cidadão, mas sim dos governos. Há outros que falam que as condições das vias estão boas e por isso é aceitável a cobrança. O caminhoneiro Roberto da Silva Ferreira, do distrito Areia Branca, em Mandirituba, declarou ser a favor do pagamento do pedágio, porém, em um preço mais acessível. Ele passa em média cinco vezes por semana com a carreta da empresa em que trabalha pela praça em Fazenda Rio Grande. “Embora utilizamos o via fácil, a carreta tem seis eixos, com isso o valor fica elevado e com o reajuste vai pesar ainda mais no final do mês”, descreveu. Ele pontuou que as condições da via estão boas, no entanto, há um ponto que a concessionária precisa melhorar urgente, realizando a construção da passarela no bairro onde mora.