A recessão financeira no país atingiu diretamente as prefeituras, em especial aquelas de pequeno porte. A queda no repasse de recursos e o bloqueio de verbas por parte do governo federal fizeram um rombo nas contas dos municípios. O dinheiro diminuiu, mas os serviços e demandas aumentaram. Agora, no encerramento de gestão e com a Lei de Responsabilidade Fiscal em vigor é necessário fazer e refazer contas.
A realidade das prefeituras parece muito com uma família que tinha três rendas em casa e de repente fica apenas com duas. O dinheiro das três pessoas empregadas dava certinho para manter a casa e a família, porém, agora são somente duas rendas e as despesas continuam as mesmas. Obviamente faltará dinheiro, e terão que fazer escolhas sobre o que pagar e o que não pagar.
É exatamente isso que está acontecendo com as prefeituras neste final de ano, estão escolhendo entre pagar salários, pagar décimo terceiro, pagar fornecedores ou pagar prestadores de serviços. Todo o recurso que era previsto não se concretizou.
Mudando ou não a administração do município, é importante destacar que tanto os servidores quanto os fornecedores e prestadores de serviços têm total direito por suas remunerações e pagamentos. Neste sentido, é fundamental que exista uma alternativa nessa alternância de mandato. O que é justo, é justo.
Nesta tarefa de fazer contas, ressalta-se também que o comércio e a indústria local dependem muito do que o poder público coloca em circulação na economia das cidades.