terça-feira, 23
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abril
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2024

7 de Setembro: O que comemorar num país afundado em corrupção?

Para muitos o Brasil é um país de expressivas e incontáveis riquezas. A começar pela sua gente, acolhedora, trabalhadora, criativa e empreendedora. Depois, pela sua terra fértil, pelo seu litoral maravilhoso, pelo seu clima e adversidade cultural. Por aqui, não sofremos com vulcões, tsumanis, terremotos e guerras. Temos então muitos motivos para a cada 7 de setembro, dia da nossa independência, comemorar? Não.

Infelizmente, mesmo com todas suas potencialidades e perspectivas, o Brasil vive mergulhado em crises e adversidades. Nos últimos anos, por exemplo, estamos afundados numa onda de corrupção sem precedentes.

Ontem mesmo, a Polícia Federal descobriu malas de dinheiro – provavelmente ilícitos – no apartamento que seria usado por um ex-ministro. A Operação Lava Jato já recuperou R$ 11,5 bilhões desviados dos cofres públicos em diversos esquemas envolvendo agentes públicos, servidores, empresários e lobistas.

Desde que a eleição direta foi implantada já tivemos dois impeachments no país. Além disso, há um número expressivo de parlamentares, que muitas vezes decidem o futuro da nação, envolvidos em casos de corrupção. Nos estados e municípios brasileiros, não se foge a regra. Político honesto agora é exceção.

Muitos já tratam a corrupção como o mal do século. Willian Shakespeare tratou o assunto como o maior mal da terra e enquadrou a corrupção como sendo uma doença que enfraquece o governo de uma nação, que, se não combatida com firmeza e determinação, pode deteriorar o caráter e a honra de um povo, sendo responsável pela sua destruição moral e decadência.

Um país como o Brasil, com todo esse território maravilhoso, com tantas fontes produtivas e potencialidades, não poderia ter 14 milhões ou mais de desempregados, populações passando sede e fome, alta criminalidade e inúmeros morrendo em corredores de hospitais. Porém, esse é o retrato onde os governantes roubam e corrompem.

Como mudar isso? Não é uma tarefa tão fácil. Mas é através do povo, da força do cidadão comum que alguma mudança pode ser feita. A Operação Lava Jato, feita por pessoas como o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, é uma demonstração de que há esperanças.

Ano que vem, teremos novamente o encontro com as urnas, vamos eleger os governantes e parlamentares que decidem o nosso futuro, do nosso país, das futuras gerações. Não votem em candidato denunciado ou envolvido em corrupção. Não cometa esse crime contra você, sua família e o seu país.

Gigante pela própria natureza. És belo, és forte, impávido colosso. E o teu futuro espelha essa grandeza.

Um país melhor se faz com pessoas melhores, seja parte disso! Não lhe furte a sua independência.

Gilson Santos – Jornalista e Pós-Graduado em Ciências Políticas

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