Com um ambicioso projeto que previa atender também os municípios de Agudos do Sul, Campo do Tenente, Piên e Quitandinha, a prefeitura de Rio Negro iniciou em 2011 as obras de construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) porte tipo 1. Inicialmente, o projeto previa uma área construída de 700m² e investimentos do governo federal na ordem de R$ 1.050.000,00.
Segundo a prefeitura, na época, a área construída foi ampliada para 1.373m² e, após uma primeira parte das obras, os trabalhos foram interrompidos por falta de recurso e por problemas com as empresas contratadas. Ao longo dos anos, o município teve que investir recursos próprios, que totalizaram R$ 1.702.701,00, para concluir a construção, sendo R$ 1.467.000,00 aplicados pela gestão do prefeito Milton Paizani. Além desta questão, foram enfrentados diversos imbróglios burocráticos
Alinhado ao término da obra, a prefeitura encontrou outra dificuldade, que é o custeio e a manutenção dos serviços da UPA. Os municípios vizinhos não manifestaram o interesse na utilização dos serviços e Rio Negro não apresenta condições de manter unicamente esta estrutura, tendo em vista que boa parte dos atendimentos, como os casos de urgência e emergência, que poderiam ser disponibilizados pela unidade, já estavam sendo realizados no hospital Bom Jesus.
Diante deste cenário e atendendo a determinações do Ministério Público, a prefeitura realizou audiências públicas nas comunidades para definir como seria utilizado o espaço. A primeira opção foi de utilizar a UPA conforme estava em projeto, rompendo o convênio com o hospital e custeando os serviços pelo município. E a segunda alternativa, que foi escolhida pela grande maioria da população, determina que o espaço seja um complexo de saúde, atendendo com especialidades médicas, realizando exames, sendo também a farmácia municipal 24 horas e a nova base para o Samu.
Com esta definição, o Ministério da Saúde será comunicado e a Secretaria Municipal de Saúde poderá trabalhar no planejamento visando a abertura do complexo de saúde, previsto para o primeiro semestre do ano que vem. Além deste fator, o município tinha como prazo até o dia 30 de novembro para confirmar como seria a utilização deste local, caso isso não ocorresse, a prefeitura seria obrigada a devolver o recurso que o governo federal aplicou na obra.