A cidade de Piên vai viver um fato totalmente atípico na sua história. Terá uma eleição municipal fora de época, forçada por lei e, principalmente, por um dos fatos mais tristes e inacreditáveis, o assassinato do último prefeito legitimamente eleito. A partir deste crime, a cidade passa a ficar marcada pela insegurança política, denúncias, suspeitas de desvios e corrupção e, por vezes, pelo medo e o silêncio.
Dois anos após, com um novo pleito eleitoral deflagrado, sentem-se perspectivas de mudanças, sinais de esperança e maior confiança na capacidade de discernimento da população. Afinal, o povo de Piên quer algo melhor para sua cidade e o futuro dos seus filhos? Ou pouco importa quem terá a responsabilidade de conduzir a prefeitura?
Curiosamente, nessa mesma cidade em que a população que é toda organizada e motivada em movimentos religiosos, grupos de ações solidárias e cheia de força de trabalho, não tem a mesma disposição e interesse com áreas tão importantes e decisivas que são a política e o poder público.
Nos últimos anos, o município de Piên apareceu entre os mais bem colocados do Estado do Paraná na relação PIB PerCapita. No entanto, não conseguiu melhorar setores básicos como segurança e saúde. Um exemplo é o atendimento no hospital da cidade, com configuração que não além do que a encontrada nos postos de saúde.
A nova eleição acontecerá numa velocidade recorde, daí a necessidade de se ampliar o debate e de certa forma fomentar a transparência das contas públicas e a vida de todos os candidatos que vão participar do pleito. O eleitor, no mínimo, deveria conhecer a história de cada pretendente aos cargos de prefeito e vice-prefeito.
Embora seja uma eleição marcada por um fato criminoso e trágico, é uma oportunidade para o envolvimento de pessoas com boas intenções. Já é sabido: onde o bem se ausenta, o mal prevalece.
