O ano de 2018, no mínimo, será diferenciado por toda movimentação e expectativa em torno de alguns acontecimentos no seu decorrer. Já neste primeiro trimestre são dois momentos que vão gerar muita notícia e também profundo debate nacional. Primeiro, o julgamento do ex-presidente Lula que poderá torná-lo inelegível e eliminar sua possibilidade de candidatura. Alguns falam até na prisão do ex-presidente, o que consideramos pouco provável. Líder em todas as pesquisas, Lula viaja o país em forte pré-campanha. Outro tema relevante neste início de ano é a votação da reforma da previdência. Assunto que o governo do presidente Michel Temer considera imprescindível para alavancar uma candidatura do planalto a presidência. Fala-se em Henrique Meirelles ou Rodrigo Maia. A reforma da previdência tem um amplo apoio de alguns setores e forte crítica de outros. Quem vota são os deputados, e hoje eles estão divididos.
A recuperação da economia e a geração de novos postos de trabalho é a grande incerteza e preocupação da população. Mas talvez tudo isso fique um pouco esquecido no meio do ano, quando chegar a Copa do Mundo de futebol. Gostemos ou não, é um evento que muda a rotina de todos e, dependendo do desempenho da seleção, até o humor melhora.
Mas, sem dúvidas, a principal agenda do Brasil neste ano é a realização da eleição nacional. Nunca existiu um quadro tão incerto como o que estamos vivenciando atualmente. A recente crise política instalada no país produz os mais diversos sentimentos em relação ao pleito eleitoral. Inclusive, um sentimento preocupante, que é do desinteresse e da descrença da população. O surgimento de muitos movimentos que defendem a renovação na política tem buscado devolver ao cidadão brasileiro a esperança e vontade de participação. Por enquanto os resultados são tímidos, muito distantes do que se viu no chamado “vem pra rua” no período do pedido de impeachment.
O jornal O Regional em toda sua linha editorial durante o último ano defendeu a participação mais efetiva das pessoas na política. Não somente como candidatos ou militantes, mas numa forma de acompanhamento, fiscalização e posicionamento. A internet e, principalmente, as redes sociais, permitem esse tipo de envolvimento. Além, é claro, da relação pessoal entre família, amigos e conhecidos.
No nosso entendimento, as expectativas em um novo ano, as boas expectativas, podem ser concretizadas a partir do momento que a sociedade tomar posse delas. Esse pertencimento vai fazer a diferença. Melhores caminhos serão possíveis se construídos coletivamente e com a liderança de pessoas que tenham retidão, transparência, caráter e força de trabalho. O aventureiro, o desleal e o corrupto devem ser excluídos.
Que seja um ano de muitas notícias boas.