O ano de 2013 foi um ano atípico para as prefeituras em todo o país, devido à adaptação e implantação das novas normas de contabilidade aplicada ao setor público. O Tribunal de Contas do Paraná alterou as suas ferramentas de controle e acompanhamento de prestação de contas, através do chamado “SIM-AM”, o qual era até 2012 realizado por um programa validador que gerava um arquivo final a ser enviado ao Tribunal de Contas. A partir de 2013, passou a ser envio mensal de arquivos diretamente no site do Tribunal, porém, o próprio sistema de captação de dados vem sendo atualizado constantemente, resultando que poucos municípios conseguiram enviar alguns meses, o que ainda demandará mais um tempo para que seja possível cumprir a meta desse novo sistema.
Se não bastasse a dificuldade desta nova adaptação, alguns setores da administração pública como as secretarias de administração e finanças têm trabalho dobrado para fechamento do ano que se encerrou e abertura do ano que se inicia. Financeiramente, os orçamentos não se sobrepõem, pois o previsto para um exercício financeiro encerra-se em 31 de dezembro de cada ano.
Em linguagem contábil, se reconhece todas as receitas e as despesas realizadas até o último dia do ano, sendo necessário seu fechamento para poder inicializar o exercício seguinte. Apesar de cada ano ter seu orçamento próprio, as sobras financeiras conhecidas como superávit financeiro das fontes de recursos e as contas não pagas, chamadas de restos a pagar, precisam ser incluídas no orçamento do próximo ano. Outro setor que tem sobrecarga neste período é o setor de compras e licitações, que acumula pedidos para início das atividades das diversas secretarias.
Em Tijucas do Sul, o prefeito Altair Gringo tem acompanhado a equipe de contabilidade composta por 6 pessoas que executam esta tarefa. “É um esforço grande para que estejamos sempre em dia. As portas da prefeitura fecham mais cedo nesta época, mas o pessoal aqui dentro da prefeitura tem trabalho dobrado”, descreveu Gringo.