Com altas cifras a receber de anos anteriores, uma série de empresas de medicamentos vem se recusando a fornecer novos materiais para a prefeitura de Tijucas do Sul. Esta dificuldade vem sendo enfrentada desde janeiro e por muitas vezes os pacientes não tiveram acesso ao tratamento que, obrigatoriamente, deve ser fornecido pelo poder público.
De acordo com o prefeito Cesar Matucheski, ainda na primeira metade do ano passado venceu a licitação dos medicamentos. “Até o final do ano, não foi realizada uma nova contratação e a população foi ficando desassistida”, relata Cesar. Na farmácia municipal, chegou a faltar antibióticos e até mesmo curativos.
Sem medicamentos, a prefeitura promoveu uma licitação em abril, no entanto, algumas empresas exigiam que o valor devido anteriormente fosse pago integralmente. “Notificamos extrajudicialmente as instituições, porque não tínhamos como pagar aqueles valores de forma imediata. Felizmente, este imbróglio foi solucionado momentaneamente e a farmácia municipal está recebendo os medicamentos”, detalha Cesar, lamentando este impasse. “É uma situação inadmissível e que buscamos o mais rápido possível solucionar, mas infelizmente existe um longo processo legal que deve ser cumprido”, justificou.
O prefeito ressalta que todas as contas da gestão atual estão rigorosamente em dia. “Temos que ser responsáveis com o uso do dinheiro público. Estamos enfrentando uma dificuldade tamanha, sendo que de janeiro a maio foi pago mais de R$ 980 mil somente com fornecedores atrasados. Certamente, se não fosse estas dívidas, poderíamos realizar investimentos com recursos próprios”, concluiu Cesar.
