Forte tempestade, acompanhada de granizo, na última terça-feira, trouxe prejuízos para lavouras de tabaco da região
O temporal que atingiu o Paraná na última terça-feira (09) trouxe inúmeros transtornos e prejuízos para os moradores. E a agricultura foi, novamente, castigada pela tempestade, com o tabaco sendo uma das principais culturas afetadas na região.
A atual safra do fumo teve seu início marcado pelo excesso de chuvas, em meados de outubro, o que prejudicou o plantio das mudas e obrigou muitos produtores a refazerem o plantio. Atualmente, no estágio de colheita do tabaco, a queda de granizo trouxe mais prejuízos aos fumicultores.
É o caso de Eli Ludviski Kurovski, moradora de Campo Novo, em Piên, que vem contabilizando os estragos na lavoura da família. “Plantamos cerca de 200 mil pés e tivemos 100 mil pés comprometidos pela chuva”, conta.
Eli destaca que a safra atual não vinha apresentando boa produtividade. “A safra estava com baixa produção do tabaco devido as chuvas elevadas no início do desenvolvimento da cultura, e agora já no ciclo final sentiu muita a falta da chuva e quando ela veio, veio com o granizo”, lamentou.
Edemar Pedro Konckel, da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), lamentou sobre as perdas recentes dos produtores. “Houve bastante ocorrência de granizo, porém mais para o lado de Santa Catarina. No Paraná, teve alguns produtores atingidos na localidade de Campo Novo. Existe uma quebra de safra em virtude do excesso de chuvas que ocorreram”, concluiu.
Estimativas da Afubra, em novembro, indicavam que no Paraná, a produção tinha previsão de 137.148 toneladas, sendo 123.869 no Virgínia, 6.947 no Burley e 6.332 toneladas no Comum, numa área de 73.908 hectares e estimativa de produtividade média de 1.856 kg/ha. O número de famílias produtoras é de 24.580 (+7,8%).