Expectativa é que sejam colhidas 21,9 milhões de toneladas na safra paranaense. Na região, produtores também já se preparam para o plantio da soja
Finalizado o período de vazio sanitário, desde o último domingo produtores de soja paranaenses já estão liberados a terem a planta emergida do solo. O período do vazio sanitário começou em 10 de junho e ao longo de 90 dias ficou proibido ter qualquer planta viva de soja nos campos paranaenses, medida que busca a redução dos riscos associados à proliferação do fungo responsável pela ferrugem asiática.
Pelo menos 1% da área estimada de 5,8 milhões de hectares já está semeada, com expectativa de que sejam colhidas 21,9 milhões de toneladas, volume pouco inferior às 22,4 milhões de toneladas da safra anterior, que foi recorde. A análise sobre esse produto está no Boletim de Conjuntura Agropecuária preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).
Na região, os sojicultores já vêm se preparando para mais uma safra, como é o caso do pienense Maik Lima. “Temos trigo plantado para colher em novembro e, finalizada a colheita, daremos início ao plantio da soja. A área plantada será de cerca de 17 hectares”, conta.
Segundo Lima, há sempre uma perspectiva sobre a produção e rentabilidade do grão. “A expectativa é de boa produtividade e de melhora nos preços para que haja a devida valorização do produto”, complementa.
Vale destacar que a soja, nos dez municípios da região, conforme os números do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), correspondeu por cerca de R$ 1,2 bilhão do total de R$ 4,2 bilhões no faturamento em 2022, sendo um dos principais produtos agropecuários do suleste paranaense.