Frango de corte, fumo e milho também se destacam nas atividades do campo no suleste paranaense
Considerado o carro-chefe da economia de muitos municípios paranaenses, o setor agropecuário segue garantindo a renda de milhares de famílias de todo o Estado. Neste cenário, são variadas culturas adotadas pelos produtores, indo dos tradicionais grãos à oleaginosas e leguminosas.
Na última semana, o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, divulgou o relatório final do Valor Bruto da Produção Agropecuário (VBP), referente a safra 2020, contendo as culturas e o faturamento no campo. Na região, considerando as três principais culturas em cada município, a soja segue como líder em produtividade e aparece como um dos principais produtos em oito das cidades pesquisadas, somando R$ 628 milhões, seguida pelo frango de corte, destaque em seis municípios e com montante de R$ 238 milhões, e o fumo, que aparece em evidência em cinco locais e soma R$ 189 milhões.
O secretário de Agropecuária e Meio Ambiente da Lapa, André Rezende Cherubini, reforça a soja como o principal produto de exportação do município e uma importante fonte de renda para as famílias lapeanas. “Neste sentido, podemos perceber que esta crescente produção, mesmo em meio aos períodos de fortes secas nas últimas safras e aumento no custo de produção, ainda garante bons rendimentos a produção, comparando a outras culturas, como feijão, milho e trigo”, enaltece Cherubini, detalhando a diversidade agropecuária local. “Também o que vem apontando em rankings em nossa cultura, são as frutas de caroço, como o pêssego, ameixa e nectarina. É um crescimento muito bom”, avalia.
A fumicultura, outra importante base da produção no campo, é um dos destaques na cidade de Piên, correspondendo por R$ 77 milhões do VBP, o que, na avaliação do secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Carlos Magon, reforça a importância deste item no cenário econômico local. “O tabaco produzido na microregião de Piên, abrangendo também cidades vizinhas, é um dos melhores do Brasil em termos de qualidade, devido, entre outras questões, ao tipo do solo e todo o trabalho desempenhado pelo produtor. E esta é uma cultura de sistema integrado, com empresas que oferecem o suporte necessário aos fumicultores. Costumamos dizer que quando o tabaco vai mal, a economia padece, devido toda sua importância”, comenta.
Segundo Magon, outros cultivos também vêm garantindo a rentabilidade do homem do campo. “Piên, nos últimos anos, tem demonstrado grande potencial para a cultura de grãos. Além disso, temos a avicultura, batatas inglesa e salsa, plantas ornamentais, gado leiteiro e a uva. Hoje, contamos com o Sistema de Inspeção Municipal, o SIM, que vem trazer mais opções para a produção de origem animal e possibilitar a diversificação agrícola”, destaca o secretário, reiterando que a pasta também tem papel fundamental no atendimento ao pequeno produtor para fomentar suas atividades. “Entre os serviços que oferecemos, estão a distribuição de calcário, com frete subsidiado pelo município; análise de solo; atendimento de patrulha agrícola, com a disponibilização de equipamentos; e toda a assistência técnica necessária. Diante disso, reitero ao produtor que continue fazendo sua parte, mantendo a qualidade de seus produtos, principalmente o fumo, e focando nas demandas das empresa e mercado, buscando investir em tecnologia e inovação, e não ficar refém de uma única cultura”, finaliza.
Além das três culturas já citadas, também se destaca no suleste paranaense a produção de milho, cebolinha, batata, plantas perenes (ornamentais), ovos de galinha (fecundados) e inhame.