Hoje é o dia mundial de combate a Aids. A data, escolhida pela Organização Mundial de Saúde em 1988, tem como principal objetivo alertar a sociedade sobre a doença e fortalecer as ações de prevenção. A doença é transmitida pelo vírus HIV, geralmente por contato sexual desprotegido com pessoa contaminada, transfusão sanguínea e compartilhamento de objetos perfurocortantes. Ser HIV positivo não é o mesmo que ter Aids. A Aids é o estágio mais avançado da doença, quando o sistema imunológico encontra-se bem debilitado.
No Brasil, segundo dados divulgados pela UNAids, órgão das Nações Unidas para lidar com a epidemia, houve um aumento no número absoluto de novos casos, contrariando uma tendência mundial. Na região, conforme levantamento de O Regional, também há preocupação com o avanço da doença. Levando em consideração os dez municípios, foram contabilizados 357 novos casos entre 2016 e 2017.
A Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (Sesa) informa que na região da Amsulep foram registrados só neste ano 347 novos casos de Aids. No ano passado, foram 10 casos. Ou seja, um aumento muito expressivo. Já os registros de HIV são bem diferentes, com número menor neste ano do que em 2016.
Porém, os dados são contestados por algumas cidades. A prefeitura de Fazenda Rio Grande já pediu uma reconsideração da análise feita pela Sesa, que apontou 6 casos da Aids em 2016 e 182 casos neste ano. A própria prefeitura fala que foram 50 casos em 2016 contra 29 casos neste ano. “Os números da Sesa não condizem com nossa realidade, até porque há um trabalho de conscientização no nosso município”, relatou a coordenadora da Vigilância Sanitária, Nelcelí Garcia.
Em cidades pequenas, como é o caso de Piên, há uma ação constante do poder público nas unidades de saúde e escolas. “Mantemos uma programação de atividades que vai dos exames semanais, palestras educativas e campanhas. Orientar é hoje nosso principal objetivo”, conta a enfermeira Geórgia Luciana Oliveira.
A Aids é uma doença que não mata por si só. Por causar um grande impacto no sistema imunológico, o paciente fica sujeito a doenças oportunistas, como a pneumonia, tuberculose, que surgem no organismo nesse momento de fraqueza. Portanto, não se morre de Aids, mais sim das complicações geradas pelas doenças oportunistas.