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2024

Região suleste teve mais de 1,1 mil famílias afetadas pelas enchentes

Simone Magalhães, de Rio Negro, viu a casa ser invadida pela água. Com apenas documentos e poucas roupas, sua família se abriga na residência de parentes/Foto:O RegionalOs municípios da região ainda contabilizam os prejuízos causados pelas chuvas do último final de semana, mas o fato é que o número de famílias afetadas passa de 1,1 mil. Os números são da Defesa Civil e de prefeituras, que tiveram muito trabalho nos últimos dias no auxílio às vítimas.
Em algumas cidades, as chuvas haviam começado na quinta-feira da semana passada. Elas se intensificaram na sexta e a partir daí começou o drama para muitas famílias. A chuva continuou também durante o sábado e o domingo e vários casos de alagamento foram sendo constatados. Os registros apontaram 350 milímetros de chuva no final de semana, ou seja, choveu mais do que o esperado para três meses.
No início da semana, os levantamentos foram alarmantes. O governo estadual divulgou decreto de situação de emergência em dezenas de cidades, inclusive Rio Negro, Lapa e Quitandinha.
Em Rio Negro foram mil famílias desabrigadas, das quais 300 foram encaminhadas para abrigos e as demais para casas de familiares e amigos. Segundo o prefeito Milton Paizani, esta foi a maior enchente da história no município em número de desabrigados. Na terça, o nível do rio Negro ultrapassava 13 metros acima do normal. “No fim de semana, em poucas horas o nível do rio subiu 8 metros”, conta o prefeito. Muitas lojas e casas ficaram debaixo d’água. Simone Magalhães, de Rio Negro, conseguiu tirar apenas os documentos e alguns móveis colocou no segundo piso da sua casa antes do alagamento. Nesta semana, o nível da água aumentou e encobriu o pavimento térreo da sua residência. “A água sobe muito rápido”, disse ela, que teme roubos durante a noite, já que muitas coisas ficaram desprotegidas.
Também banhado pelo rio Negro, Piên teve registros de quatro famílias desabrigadas, onde a água entrou e elas perderam tudo. Ao todo, segundo a Defesa Civil, mais de 80 famílias foram de alguma forma afetadas, seja por terem ficado sem água ou luz, ilhadas, entre outros.
A família de Maria Aparecida da Rocha, do bairro Paranazinho, acordou com água dentro de casa na madrugada de segunda-feira. Ao dormirem, a água estava chegando à estrada que fica em frente à casa, nada fora do normal. Mas durante a noite, a água subiu muito rápido. Quando acordaram, imediatamente ligaram para a Defesa Civil, que contatou a central em Curitiba pedindo um barco. “Moro há 20 anos e poucas vezes vi o rio subir tanto. Quando acordamos, quase entramos em desespero”, conta Maria.
Em Quitandinha, as cheias do rio da Várzea e Areia Branca voltaram a causar prejuízos. No município, a enxurrada afetou cerca de 20 casas. Outras cinco famílias saíram por conta de suas casas, devido ao risco de inundação da cheia do rio. Duas famílias estiveram abrigadas pela prefeitura até que a água baixasse.
Na Lapa, houve alagamento de 45 casas da área urbana. Também algumas famílias foram afetadas na zona rural, com dificuldades de acesso por conta de alagamentos e bueiros e pontes destruídas. Cidades do norte catarinense, como Campo Alegre, São Bento do Sul, Rio Negrinho e Mafra também sofreram com as chuvas e tiveram milhares de famílias desabrigadas.

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