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2024

Região avança na taxa de alfabetização em 12 anos

Municípios avançaram na taxa de alfabetização entre 2010 e 2022. Foto: Arquivo/O Regional
Municípios avançaram na alfabetização entre 2010 e 2022. Foto: Arquivo/O Regional
Em 2010, índice de analfabetismo dos municípios do suleste paranaense era de 6,3%, caindo para taxa de 4,1% em 2022, conforme dados do IBGE

A taxa de analfabetismo nos municípios do suleste paranaense apresentou declínio entre 2010 e 2022, conforme os mais recentes dados recenseados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante o Censo Demográfico, caindo de 6,3% para 4,1%. De acordo com os números de 2022, o menor índice de analfabetismo na região está em Rio Negro, onde 2,2% dos residentes com 15 anos ou mais são analfabetos.

As cidades de Fazenda Rio Grande e Piên, com taxas de 2,6% e 2,7%, respectivamente, fecham o ranking dos três primeiros colocados no índice de analfabetismo. Quando a comparação é feita com os índices de 2010, o município que mais melhorou o seu desempenho em alfabetização foi Campo do Tenente, que passou de 9,1% para 5,6%, redução de 3,5 pontos percentuais.

A secretária de Educação de Rio Negro, Daniele de Souza Alves, aponta os principais fatores que contribuem para que o município tenha um dos menores índices de analfabetismo em todo o Estado. “Investimento de projetos e programas em longo prazo relacionados principalmente nas fases de alfabetização, período importante de desenvolvimento infantil e de suas particularidades, visando comparar o estudante com ele mesmo, assim como, as especificidades de cada unidade escolar. Outro fator relevante é a continuidade destes investimentos dos projetos e programas que asseguram os resultados positivos”, comenta.

Segundo Daniele, o município vem, desde 2018, trabalhando com o método de alfabetização Boquinhas, da autora Renata Jardini, em todas as turmas do primeiro ano do ensino fundamental, ampliando neste ano também nas turmas do Pré-II. “Já nas turmas do segundo ano, aplicamos o projeto Modelo de Resposta a Intervenção. Para as séries posteriores temos o programa Superação, que auxilia na consolidação dos conteúdos relacionados a estas faixas etárias. Outra ação assertiva é a constante formação de professores e profissionais de educação que proporciona de maneira imediata e sincronizada as demandas solicitadas”, detalha a secretária, enfatizando que oportunizar e investir em políticas públicas concretas auxiliam a reverter o cenário do analfabetismo. “Manter os bons resultados relacionados com o processo de ensino e aprendizagem através de projetos inovadores que assegurem os direitos dos estudantes e que contribuam na sua formação como cidadão. Fazer com que os estudantes se apropriem da leitura, escrita e do letramento”, complementa.

De acordo com a secretária de Educação de Piên, Clarice Fragoso, o método Boquinhas também é um importante aliado na alfabetização no município. “Esse método possui uma sequência lógica e os fonemas são trabalhados paralelamente em todas as unidades escolares, o que facilita se o aluno for transferido de escola dentro do município e também proporciona que o aluno se alfabetize até o final do 1º ano”, explica Clarice, enfatizando as ações  para o bom desempenho educacional nas escolas da rede. “A Secretaria elabora, juntamente com os professores, avaliações trimestrais. Também são aplicadas avaliações do CAED, plataforma federal, as Provas Paraná e Paraná Mais, que são estaduais, e a prova de fluência que mede o nível e a velocidade de leitura dos alunos. Essas avaliações são usadas como diagnósticas. Através da análise dos resultados e a partir destes resultados, são traçados os direcionamentos pedagógicos de intervenção e aprendizagem visando sanar as dificuldades apresentadas. Foram também adquiridos materiais didáticos de recomposição da aprendizagem. Além disso, no segundo trimestre é oferecido apoio escolar aos alunos que apresentam mais dificuldades”, aponta.

A responsável pela pasta alerta sobre os reflexos do uso de telas por crianças que passam pelo processo de alfabetização. “Um ponto que vêm chamando muita atenção é a falta de concentração de nossos alunos nesta fase. Sabe-se que o contato precoce com as telas vem causando dificuldades e prejuízos as crianças e tal fato vem refletindo significativamente na escola e no processo de alfabetização. Crianças sonolentas, cansadas, pelo uso excessivo das telas tem preocupado cada dia mais. Além disso, a inclusão é um desafio para toda a rede pois requer especificações e ações pontuais e específicas para cada caso”, completa.

Taxa de analfabetismo. Arte: O Regional
Taxa de analfabetismo. Arte: O Regional



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