Divulgado pelo IAT, informe mineral mostra que 31 empresas exploram água mineral no Paraná. Do total de R$ 242 milhões movimentados em 2023, Quitandinha teve uma das maiores parcelas no faturamento
O Paraná teve um montante de R$ 242,03 milhões movimentado pela indústria da água mineral em 2023, um incremento de 21,3% em relação a 2022, quando o valor foi de R$ 199,56 milhões. A informação consta do quarto informe mineral de 2024, divulgado pelo Instituto Água e Terra (IAT) nesta terça-feira (17).
O faturamento é resultado da comercialização de 377,36 milhões de litros, 8,8% a mais do que em 2022, com 346,89 milhões. O relatório ainda aponta que a exploração da água obtida diretamente de fontes naturais ou por meio de extração subterrânea gerou R$ 2,22 milhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), um aumento de 18,9% no comparativo com 2022 (R$ 1,86 milhão), valor dividido entre o município produtor (60%), municípios afetados (15%), Estado (15%) e União (10%).
O geólogo do setor de Divisão Territorial do IAT, Marcos Vitor Fabro Dias, comentou sobre a indústria paranaense de água. “Uma das explicações para o aumento da exploração da água mineral é o consumo, o que movimenta toda a cadeia, da exploração à produção”, explicou.
Em todo o Estado, são 31 empresas, em 28 cidades, que exploram a água mineral. Quitandinha respondeu por 29,2% do total arrecadado em 2023, seguida por Toledo (14%), Foz do Iguaçu, (10,5%), Almirante Tamandaré (6,5%), Iguaraçu (5,6%) e Iretama (5,3%). Esses seis municípios responderam por 71,1% do total da CFEM.
Dias complementou falando sobre a importância no setor na economia estadual. “Qualquer aumento, e em qualquer segmento industrial do Estado, significa que vai mais emprego e maior arrecadação. E tudo isso se faz em benefício do Paraná. À medida que aumenta a arrecadação, o Governo tem mais disponibilidade de investimento para suprir as necessidades da população”, acrescentou.
Licenças – O Instituto Água e Terra é o órgão responsável pela emissão de Licença, Autorização ou Licenciamento Ambiental, obrigatórios para a concessão, pela Agência Nacional de Mineração, da área a ser utilizada para extração da água mineral. Desde 1993, quase 200 outorgas foram emitidas pelo IAT para envase de água.
Com a regulação, o IAT mantém o controle do número de captações de água e as respectivas vazões, de modo a impedir a superexploração dos recursos hídricos e conciliar conflitos de uso entre diferentes empreendimentos ou, ainda, em situações de escassez ou de risco. Ainda, visa preservar a qualidade dos mananciais paranaenses através da avaliação dos efluentes lançados nos corpos hídricos e avaliação de análises físico-química e bacteriológica da água subterrânea, tidos como pré-requisitos para obtenção de outorga.