Capacitação realizado em Curitiba prepara educadores, psicólogos e membros da rede de proteção para agir com técnica, sensibilidade e segurança em situações envolvendo crianças e adolescentes com transtornos com o autismo
Representantes da Secretaria de Educação de Agudos do Sul participaram na última semana de uma capacitação essencial voltada ao Sistema Profissional de Gerenciamento de Crises. O curso foi realizado em Curitiba, no Espaço Comunicar, ocorreu entre os dias 23 e 25 e reuniu profissionais das Apae’s, professores da rede municipal e estadual, conselheiros tutelares e membros da rede de proteção à criança e ao adolescente.
A formação teve como foco principal preparar esses profissionais para reconhecer, compreender e intervir de maneira adequada diante de crises comportamentais, especialmente no ambiente escolar. Situações envolvendo crianças e adolescentes dentro do transtorno do espectro autista foram o destaque.
Segundo a coordenadora da rede de proteção, Elaine Persh, a iniciativa partiu da própria rede, que identificou a necessidade de capacitar os profissionais que lidam diariamente com essas situações.
Durante o curso, os participantes foram instruídos sobre os diferentes estágios de uma crise disruptiva, definida como um padrão persistente de conduta negativa, e as melhores formas de lidar com cada etapa, desde a pré crise até o momento de reintegração. “Hoje, abordamos todos os momentos da crise e discutimos técnicas que podem ser usadas para prevenir, desacelerar e reintegrar a criança depois da crise”, destacou a diretora Silmara, da Escola Cecília Meireles.
A psicóloga da Secretaria de Educação de Agudos do Sul, Ediani Peres, reforçou a relevância do tema, destacando que os profissionais agora estão mais preparados para intervir com sensibilidade e técnica, sempre com foco na segurança e no bem estar da criança e de todos ao redor.
A coordenadora pedagógica Eliza Dranka Pazda comentou que o curso também trouxe orientações práticas sobre como agir em momentos de crise mais intensa. “Algumas crianças autistas sofrem com crises de grande magnitude, podendo se machucar, agredir outras pessoas ou destruir objetos. A capacitação nos ensinou inclusive formas seguras de imobilização, que não machuquem nem desrespeitem a integridade da criança”, pontuou.
Já a coordenadora pedagógica Rafaela Pechiski procurou a formação com foco na prevenção. “Ainda não tive alunos com crises intensas, mas é fundamental estar preparada. A escola precisa estar pronta para acolher, orientar e agir com responsabilidade”, enfatiza.
