Considerada uma cultura rentável e produtiva, a piscicultura vem ganhando espaço na agricultura familiar e atraindo novos adeptos ao ramo. Levando em consideração o Valor Bruto da Produção Agropecuária, de 2016, último ano com dados disponíveis, com a criação de peixes de três principais espécies – tilápia, carpa e bagre, o valor chegou a cerca de R$ 3 milhões, somado os dez municípios do suleste paranaense.
O técnico da Emater de Tijucas do Sul, Nivaldo Gomes, explica que a piscicultura é uma atividade rentável, pela pequena área que ocupa. “A construção de viveiros (tanques) tem o investimento da hora-máquina, a compra de alevinos, e o que mais pesa nesta cultura é a alimentação. Porém, é uma atividade em se que faz o investimento, mas que há o retorno ao produtor”, explica Gomes, apontando a tilápia como a principal espécie a ser explorada na região. “Nosso clima às vezes não permite a criação de outras espécies, sendo que nosso principal foco é a tilápia, que é uma das mais consumidas no país e tem boa aceitação no mercado”, salienta.
Na região, muitas prefeituras têm auxiliado os produtores na criação de peixes por meio da entrega de alevinos. Em Mandirituba, além desta ação, a promoção de cursos e a integração com outros municípios têm incentivado a expansão da piscicultura entre os criadores que estão investindo nesta atividade. “Há um tempo, já havia atuado neste ramo e agora decidi retornar, como uma forma de fortalecer a renda familiar. É uma atividade que vem apresentando bons resultados”, conta o produtor Jamir de Jesus Bastos, da localidade de Água Clara.
Bastos conta que para atuar neste ramo o investimento foi razoável e, agora, há um projeto para a implantação de um abatedouro de peixes na propriedade. “Nesta semana, deve ser entregue o projeto de construção do abatedouro. O objetivo da implantação do espaço é regularizar a documentação para iniciar a comercialização dos produtos na região. A pretensão é produzir cerca de 2 toneladas ao mês de peixes”, conclui.
