Considerada uma alternativa de renda interessante, a salsinha vem ganhando cada vez mais espaço nas lavouras de Mandirituba. Segundo dados do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), esta cultura contabilizou uma receita de R$ 15.680.000,00 em 2017.
Um dos produtores que vem há oito anos trabalhando nesta cultura é Pedro Laskawski, da localidade de Barreiro. “Em julho do ano passado, plantei um alqueire e agora estou na quinta colheita desta safra, a qual, em virtude do clima seco, teve uma quebra de produção de cerca de 35%”, lamentou Pedro, detalhando sobre esta perda. “Se o clima tivesse contribuído, esperava fazer de oito a nove colheitas, no entanto, acredito que terei somente mais uma ou duas. Nesta mesma área, cheguei a colher 20 mil quilos, neste ano o máximo deve chegar a 15 mil”, estima.
Após a colheita, a salsinha é picada e secada, sendo posteriormente vendida para terceiros, os quais fazem o preparo final para comercialização no mercado comum. “Atualmente, entregamos nas bancas da região e também para compradores dos estados de São Paulo e de Minas Gerais”, conta Pedro. Nesta safra, o preço médio do quilo, já preparado, está sendo entregue ao valor de R$ 5,00. “Assim como outras culturas, o preço varia conforme a demanda do mercado. É possível estocar por um determinado período, esperando uma melhor comercialização”, salienta.
Segundo o agricultor, o plantio da salsinha não tem um período correto para acontecer, sendo esta cultura resistente ao frio e à geada. “É uma planta que precisa de um manejo correto para que a produtividade seja boa. Além disso, a chuva e a umidade são fatores fundamentais para o desenvolvimento, sendo que, se estes aspectos forem favoráveis, é possível realizar mais colheitas e em um intervalo de quase que mensal”, explica Pedro.
Para o diretor da Secretaria de Agricultura de Mandirituba, Marcos Antônio Dalla Costa, a produção de salsinha tem vários fatores positivos. “É uma cultura que não exige área grande, uso de agrotóxicos e tem mercado a ser explorado. Além disso, o processo de secagem utiliza a mesma estrutura da qual é empregada para a camomila”, destaca Marcos, salientando também a importância da rotação de cultura. “Caso não tenha a diversidade de cultura, o solo vai ficando saturado com o tempo e perde a produtividade. Por isso, a salsinha é uma alternativa interessante neste sentido”, concluiu Marcos.