Após avançar em várias etapas, o processo que investiga as mortes do prefeito eleito de Piên, Loir Dreveck, e do técnico de segurança do trabalho Genésio de Almeida está próximo de ter o julgamento marcado pela Justiça. Nesta semana, foi determinada a baixa do processo para a Comarca de Rio Negro, a qual deverá dar andamento nos procedimentos para a realização do júri popular.
As mortes de Dreveck e Almeida ocorreram em dezembro de 2016, quando ambos foram executados a tiros por motociclista na PR 420. Após as investigações iniciais, foram quatro pessoas presas, entre elas o ex-prefeito Gilberto Dranka e o então presidente da câmara de vereadores Leonides Maahs, tidos como suspeitos de serem mandantes dos crimes. Em seguida, todo processo foi encaminhado para a Comarca de Rio Negro, a qual analisou as provas e ouviu as testemunhas, emitindo parecer favorável à realização do júri popular.
A defesa dos acusados recorreu ao Tribunal de Justiça, que confirmou que o caso deve ir a júri, concedendo em fevereiro de 2018 a liberdade monitorada de três suspeitos, além de desqualificar o crime de associação criminosa, decisão esta que está sendo recorrida pelo Ministério Público. Posteriormente, todo o processo passou por uma longa etapa de digitalização e, na última quarta-feira, o relator do processo, desembargador Clayton Camargo, determinou que houvesse a baixa com urgência para a Comarca de Rio Negro.
Com esta alteração, a Justiça poderá dar andamento na realização do júri popular, sendo que os próximos passos devem ser a intimação das partes para que elas apresentem as provas que pretendem utilizar no julgamento, além do sorteio dos jurados e a definição da data. A expectativa é de que o julgamento aconteça ainda no primeiro semestre deste ano.
Recursos – Entre os recursos interpostos, a defesa dos acusados tem outros questionamentos em análise no Tribunal de Justiça, os quais podem até ser repassados para análise em outras esferas. No entanto, nenhum deles tem o efeito de suspensão, o que poderia impedir a realização do julgamento.
Defesa – Em recente contato, a defesa de Gilberto Dranka manteve a posição de que ele é inocente e de que as acusações teriam motivos políticos. Já o advogado de Leonides Maahs disse que seu cliente não tinha motivo algum para participar do crime.