O Paraná é considerado o estado do pinhão e muitas regiões têm grande fama pela produção da semente. Neste ano, no entanto, já é notada uma certa escassez do produto e com isso o preço disparou. Nos supermercados, quitandas e até mesmo nas estradas, houve um reajuste no valor em relação ao que era praticado em anos anteriores.
Segundo especialistas, já há uma queda na produção em 30% e o principal vilão é o clima. Muitas pinhas estão aparecendo com falhas, sinal de que não houve um bom desenvolvimento do produto.
Se por um lado o consumidor está sentindo no bolso o aumento do valor do pinhão, por outro os comerciantes de rodovias estão satisfeitos com o lucro. Muita gente compra para consumo próprio e também para levar às suas cidades de origem, onde não existe o produto. Existe ainda a opção de comprar nas barracas o pinhão cozido, direto da panela e pronto para consumo.
O valor para comercialização em supermercado está na média de R$ 7,00 o quilo. Já nas rodovias da região o quilo chega a ser comercializado por R$ 5,00.
Bruno Machado é da comunidade de Buraco do Bugre, em Agudos do Sul, ele é responsável por uma equipe de vendedores, que fica às margens da Rodovia dos Móveis – local que utiliza para a venda do pinhão todos os anos. Para este grupo, o pinhão é fonte de renda, tanto que uma câmara fria foi adquirida para armazenar e prolongar a venda em até três meses. Nesta época, apenas esta equipe chega a vender 200 quilos do fruto em um único dia.
A colheita já está liberada no Paraná e Santa Catarina. Curiosamente, em Santa Catarina existe uma expectativa de colheita melhor que no ano passado. Segundo os comerciantes, apesar de em menor quantidade, a qualidade das pinhas é expressiva.