Nunca a eleição estadual do Paraná chegou aos seus últimos dois dias de prazo final de convenção de forma tão indefinida. Ou seja, até domingo tudo pode acontecer, surpresas ou não. A grande indefinição mais uma vez ficou por conta do ex-senador Osmar Dias(PDT). Por enquanto, praticamente sem apoios partidários e com reduzida chapa de candidaturas proporcionais, ele pode manter sua candidatura ao governo, mudar para uma candidatura ao senado, ou simplesmente abrir mão de participar da eleição.
Não ao MDB
O ponto alto da política estadual nesta semana também girou em torno de Osmar Dias. Tratou-se do “não” a coligação com Roberto Requião e o MDB. Osmar Dias disse que não vai com Requião por conta da sua relação próxima e de defesa ao PT e o ex-presidente Lula. Requião, depois de tomar conhecimento da justificativa, criticou o até então “noivo preferido”.
Governo
No outro lado, que envolve os detentores do Palácio Iguaçu, a situação também é bastante complicada. Ninguém sabe dizer ao certo se Beto Richa (PSDB) vai continuar ou não caminhando com Cida Borghetti (PP) e Ricardo Barros (PP). Richa e seu partido ganharam sinais de distanciamento bem expressivos de Barros nos últimos dias. Detalhe, se ficar de fora da coligação de Cida Borghetti, os tucanos terão dificuldade de eleger deputados.
Alvaro e Ratinho?
O senador e candidato à presidência Alvaro Dias (Podemos) fechou coligação e anunciou seu candidato a vice do PSC, o ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro. No Paraná, todo mundo sabe que o PSC caminha firme e alinhado com Ratinho Junior (PSD). Ou seja, Alvaro e Ratinho poderão estar nos mesmos palanques a partir do próximo dia 16. O que isso influência na eleição paranaense? Só o tempo vai dizer.
Amsulep
A reunião da Associação dos Municípios da Região Suleste do Paraná (Amsulep) do mês de julho aconteceu na cidade de Quitandinha. Na pauta, a antiga demanda da integração do transporte coletivo de passageiros e a melhoria do serviço para os usuários. Segundo a prefeita anfitriã, Maria Julia (PSDB), esse é um desafio importante da região e que deverá ser prioritário na relação com o governo estadual.
Eleições I
Na semana passada, nesta coluna, citamos os prováveis apoios de políticos da região em relação aos candidatos ao governo e deputados estaduais e federais. O vereador Fuscão Quege (PPS), de Campo do Tenente, gentilmente corrigiu parte das informações e informou que ele será o coordenador regional da campanha de Cida Borghetti e dos candidatos Toninho Wandscheer e Alisson Wandscheer, que disputam as vagas de federal e estadual, respectivamente. Fuscão disse que ambos os candidatos têm ainda na cidade o apoio do empresário Baby Negrelli. Já o prefeito tenenteano, Jorginho Quege (MDB), vai apoiar para deputado federal Luciano Ducci (PSB) e para estadual Francisco Bührer (PSD). E para governo, Ratinho Junior (PSD).
Eleições II
Muitos políticos da região vão trabalhar com afinco na eleição desse ano já com pensamento em 2020. Dependendo do resultado obtido, se credenciam para o pleito municipal. Por outro lado, dependendo do resultado que produzam em suas cidades para seus eventuais candidatos, terão sinais bem claros da dificuldade e até descrédito já existente com a população local.
Mandirituba
A recente denúncia envolvendo a antiga administração da prefeitura de Mandirituba já vinha sendo aguardada por boa parte da classe política da cidade. Segundo comenta-se, a “gula” de um ex-secretário municipal por poder e crescimento particular era notória e ascendente. Como não foi coibido na época, a má fé e a ilegalidade praticada poderão atingir até quem não tinha envolvimento.