Uma das grandes deficiências das unidades policiais de todo o estado nos últimos anos esteve em armamentos de baixa potência, os quais, em algumas ocorrências, são muito abaixo dos que são utilizados pelas grandes quadrilhas. Nas últimas semanas, no entanto, os municípios de todo o Paraná estão recebendo novos reforços neste sentido com a aquisição de fuzil 556 e de metralhadora 9mm.
Uma das companhias que já receberam e repassaram aos municípios o armamento é a da Lapa, que abrange também as cidades de Campo do Tenente, Contenda, Piên, Quitandinha e Rio Negro. Na última sexta-feira, os policiais estiveram em treinamento com Tenente Policene, oficial instrutor e comandante do pelotão de choque de Ponta Grossa. “Esta capacitação será realizada de forma gradual até contemplar todos os policiais.
Este armamento não ficará no destacamento ou na viatura, sendo uma exigência de que esteja 24 horas com profissional habilitado”, salientou o subcomandante da 1ª Companhia Independente da Lapa, Capitão João Pedro. “Infelizmente este reforço se faz necessário, já que estamos registrando um aumento na criminalidade e precisamos avançar no combate”, destacou.
A companhia de Fazenda Rio Grande, que atende também Agudos do Sul e Mandirituba, já está atuando com os novos armamentos. “Agora, o poder de fogo passa a ser muito maior, sendo esta medida essencial para atender principalmente as ocorrências que envolvem as agências bancárias”, destacou o comandante do destacamento da Polícia Militar de Mandirituba, Sargento Horning. Antes deste reforço, os policiais contavam com pistolas .40. “Com o fuzil é possível atingir facilmente um indivíduo a uma distância de até um quilômetro. Assim, o policial poderá se alojar em locais estratégicos e seguros para realizar o combate às quadrilhas, as quais já usam estas potentes armas”, salientou Horning.
Os armamentos já estão à disposição dos destacamentos. Por motivo de segurança, as companhias não revelaram quais e quantas armas longas foram repassadas a cada unidade.
Em Tijucas do Sul, que não foi contemplado com novo armamento, a comunidade angariou recursos ainda em 2015 e comprou por conta própria um fuzil e uma carabina.
