O Paraná solicitou ao Ministério da Saúde (MS) mais 100 mil tratamentos Oseltamivir para atender a demanda dos 399 municípios do Estado quanto aos casos de gripe. O pedido foi feito nesta semana devido à chegada do inverno e o aumento do número de notificações de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG). Até a semana epidemiológica 24 (17 de junho), foram confirmados 725 casos de SRAG por Influenza, sendo que destes 671 são por H1N1.
“Estamos alertas para o aumento de casos de gripe no Estado. A baixa nas temperaturas tem favorecido o aumento de síndromes respiratórias. É importante que a população esteja atenta aos sinais de gripe (febre, dor de garganta forte, tosse, dor de cabeça, mal estar geral, podendo apresentar dificuldades respiratórias), e que procure o atendimento médico rapidamente”, ressalta o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
De acordo médica Júlia Cordellini, chefe do Centro de Epidemiologia da secretaria estadual da Saúde, o início do tratamento com o Oseltamivir (Tamiflu) em até 48 horas depois do agravamento dos sintomas é de extrema importância, fazendo a diferença para a recuperação do paciente. “A Secretaria da Saúde disponibilizou até o momento aos municípios 221 mil tratamentos Oseltamivir e tem feito junto ao MS todo o esforço para garantir o estoque em níveis adequados para atender à população paranaense”, completa Júlia.
TRATAMENTO – O Oseltamivir, medicamento para tratamento dos vírus da Influenza, é disponibilizado gratuitamente para toda a população pelo Sistema Único de Saúde. A orientação é de que ele seja receitado a todos os casos suspeitos da doença, mesmo sem o diagnóstico laboratorial, em receituário médico simples de serviços públicos e privados.
Dados da Secretaria da Saúde apontam que 70% dos pacientes que morreram por SRAG Influenza não receberam a medicação em momento oportuno. A superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira, reforça a necessidade da população estar atenta aos sintomas da gripe e procurar rapidamente o serviço de saúde. “As pessoas não devem esperar o agravamento dos sintomas para procurar atendimento médico. A atenção deve ser redobrada em pacientes fragilizados, como idosos, ou que possuem alguma comorbidade, como diabéticos ou hipertensos”, enfatiza.
ÓBITOS – De acordo com Cleide, a maior parte dos óbitos por gripe confirmados no Estado é referente a pacientes com alguma doença crônica e maiores de 60 anos. Até esta quarta-feira (22), já haviam sido registradas 116 mortes por gripe no Paraná, sendo 105 por H1N1.
Os óbitos estão distribuídos por 18 Regionais de Saúde (RS): 1ª RS – Paranaguá: 4; 2ª RS – Metropolitana de Curitiba: 27; 3ª RS – Ponta Grossa: 9; 4ª RS – Irati: 3; 5ª RS – Guarapuava: 2; 7ª RS – Pato Branco: 1; 8ª RS – Francisco Beltrão: 7; 9ª RS – Foz do Iguaçu: 16; 10ª RS – Cascavel: 5; 11ª RS – Campo Mourão: 6; 12ª RS – Umuarama: 2; 15ª RS – Maringá: 11; 16ª RS – Apucarana: 5; 17ª RS – Londrina: 6; 18ª RS – Cornélio Procópio: 4; 19ª RS – Jacarezinho: 2; 20ª RS – Toledo: 5 e 22ª RS – Ivaiporã: 1.
Fonte: SESA