A população de Piên ainda se pergunta o que aconteceu com sua cidade, tida como pacata, acolhedora, tranquila e amigável. Não que ela tenha deixado de ser tudo isso, mas notavelmente a cidade vive um clima totalmente diferente. O atentado e a morte do prefeito eleito coloca Piên no mapa da violência e mancha de sangue e covardia uma história que era tão bonita de se contar.
O mais relevante de tudo isso é que estamos falando de uma vida – um cidadão que, mesmo não sendo unanimidade, não cultivava intrigas ou inimigos. Pelo contrário, vinha enumerando conquistas e semeando boas intenções e projetos. Por que sua vida foi interrompida de forma tão violenta? Essa resposta é aguardada pela cidade e requerida pelos amigos e familiares.
Embora seja seu papel informar, esse jornal tem respeitado a decisão da polícia em guardar dados para a investigação. No entanto, confiamos também que no menor curto espaço de tempo a polícia dará as respostas. Não apenas a imprensa, mas a comunidade também precisa fazer esse papel de vigilante, toda hora, todo dia, sem deixar o assunto se perder.
A brutalidade que se praticou contra o prefeito eleito Loir Dreveck é quase surreal, inimaginável, principalmente quando falamos de Piên. Por tudo isso, pelas futuras gerações, pelo clamor de justiça, é indispensável que as autoridades da área de segurança se pronunciem.
Já dizia Wesley Hayas, “o esquecimento é o adubo que nutre a impunidade” e justamente por isso que não se pode esquecer e que se faça justiça.