As cidades da região, através dos seus governos municipais, têm buscado alternativas para incrementar renda, emprego e desenvolvimento. Nos últimos 20 anos, período de existência desse semanário, ouvimos repetidamente discursos sobre esses temas. É fato afirmar que existiram avanços, algumas cidades conseguiram atrair empresas, ampliar postos de trabalho e melhorar sua infraestrutura. Outras, ainda patinam.
Observa-se, porém, uma área em potencial de expansão e com grandes perspectiva de futuro: o esporte. Eventos de motocicleta já se tornaram tradicionais em certos municípios. Assistimos ainda o surgimento de caminhadas de longas distâncias na área rural. Há também as provas de orientação. E agora, as corridas de rua. São eventos que envolvem pessoas, geram negócios, fomentam o comércio local e ampliam a divulgação das cidades. Podemos, inclusive, afirmar que é a promoção da economia criativa.
Claro que o futebol continua predominando, mas o momento é de olhar também para outras iniciativas que podem trazer mais lucro e êxito. Existe uma necessidade de organização e diálogo com os governos municipais, no caso do real interesse em aproveitar essas potencialidades como forma de fortalecimento da economia local. Como fazer isso? Com incentivo, apoio e envolvimento.
A pequena cidade de Cunha, em São Paulo, com 20 mil habitantes, recebe anualmente a maior prova de ciclismo amador da América Latina, o L’Etape Brasil – Tour de France. A etapa de 2015 garantiu à cidade um aumento no PIB de mais de R$ 7,5 milhões. Além disso, o evento capacitou mais de 82 proprietários de pousadas e mais de 300 pessoas em staff da rede hoteleira de Cunha.
É possível ter um evento parecido com o que acontece em Cunha? É sim.
