quarta-feira, 4
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dezembro
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2024

No dia da mulher, a retomada dos debates

Ontem foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, como costumeiramente acontece em todos os 8 de março desde 1977, quando a data foi reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas. Antes disso, tínhamos outras datas, já que as manifestações femininas surgiram ainda no final do século 19, principalmente na Europa e Estados Unidos.

É importante lembrar que essas movimentações se deram, especialmente, como protesto às jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários precários introduzidos pela Revolução Industrial, além do fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.

De lá para cá, anualmente, o 8 de março se tornou um marco para mobilização na conquista de direitos e de discussão das discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres. E, infelizmente, em muitos países as mulheres são tratadas de forma desumana, sem nenhum tipo de direito. Triste ainda vivenciarmos, em pleno século XXI, situações como no Afaganistão, Congo, Nepal, Mali, Paquistão, Somália, entre outros.

Em alguns desses países mulheres são vendidas ainda na adolescência, sequer tem direito a documentos, e constantemente violentadas.

Por isso, e muito outros motivos, que o debate sobre esse distanciamento de condições entre homens e mulheres não pode se restringir apenas a um único dia. Há necessidade de avanços, e urgentemente nesses espaços do planeta onde mulheres não possuem um instante de condição justa para viver. Não chegam a ter sentido do que fazem neste mundo. Em países mais desenvolvidos, podemos dizer que os cenários estão mudando, mesmo que numa velocidade bem aquém do que se espera.

No Brasil, por exemplo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou antes de ontem um estudo mostrando que, apesar de serem mais escolarizadas, as mulheres recebem, em média, cerca de 3/4 do valor pago aos homens. Além disso, dedicam 73% mais horas do que os homens aos cuidados de pessoas e afazeres domésticos. Consequentemente, as mulheres ocupam menos cargos gerenciais (públicos ou privados).

Cada vez mais precisamos valorizar as iniciativas que trabalham pela igualdade e valorização da classe, fundamental na construção desse mundo que todos comentam, mas que nem todos têm a oportunidade de viver ou sequer conhecer.

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