quarta-feira, 8
 de 
maio
 de 
2024

Na política, dias decisivos!

A próxima semana será de muito movimento e também de importantes decisões no mundo político nacional e estadual, já que no primeiro domingo de agosto se encerra o prazo das convenções partidárias e, consequentemente, de indicação de candidatos e formalização das costumeiras coligações. No cenário nacional vem se acompanhando um certo isolamento dos candidatos de extremos, ou seja, direita e esquerda, mais precisamente, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes. Ambos não conseguiram atrair partidos para suas candidaturas, estão ficando praticamente sem tempo de televisão, estrutura e opção de candidato à vice-presidência. Quem não é considerado de extremos, mas que vive situação parecida são Marina Silva e Alvaro Dias. Já Geraldo Alckmin, que até agora mostra fraco desempenho nas pesquisas eleitorais, foi agraciado com o apoio do chamado “centrão”, que reúne cinco siglas de peso no país. O tucano ganhou expressivos minutos na propaganda eleitoral, forte reforço em estrutura financeira e tem pelo menos dois ou três nomes disputando sua indicação de vice.

Diante de tudo isso, especula-se, por exemplo, uma união de Ciro Gomes com um candidato a vice indicado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ou com a candidata da Rede, Marina Silva. A questão do PT, por sinal, é uma grande indefinição. O partido fala em registrar a candidatura do ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba. Mas também pode optar por outro caminho, quem sabe a candidatura de Fernando Haddad. Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas, se não conseguir aliados, vai para a campanha com míseros oito segundos de propaganda eleitoral.

No Paraná, diga-se de passagem, a história se repete. Todos estão esperando a decisão de Osmar Dias. Até então pré-candidato ao governo, Osmar só tem garantido o PDT e o Solidariedade. Pouquíssimo tempo de televisão, uma única chapa de deputados, e estrutura bem limitada. Pode melhorar tudo isso se fizer aliança com o MDB de Roberto Requião, mas aí perde apoio do empresariado e carregará a rejeição do senador emedebista e sua fiel ligação com o PT. De toda forma, é considerado competitivo. Se for candidato ao senado a situação é bem diferente. Certamente teria garantida uma das vagas. A governadora Cida Borghetti, leia-se Ricardo Barros, torce pela candidatura de Osmar ao governo, é chance de uma eleição de dois turnos. Sem isso, Barros não visualiza qualquer possibilidade de Cida passar do primeiro turno ou pelo menos a tradicional negociação do segundo turno. Independente desses cenários, Ratinho Junior segue percorrendo o Paraná e consolidando sua campanha. Conseguiu partidos que lhe garantem um razoável tempo de propaganda eleitoral, tem pelo menos quatro chapas de candidatos a deputado e não terá dificuldade em estrutura de campanha. Torce e tenta atrair Osmar Dias, e além da vaga exclusiva de senado, até cederia a vaga de vice.

Como em política um dia é uma eternidade, muita coisa pode mudar ou acontecer até o próximo domingo 5 de agosto. Alguns cenários, porém, já estão bem claros. Geraldo Alckmin ganhou uma musculatura muito importante com o apoio do PR, DEM, PB, PP e SD. Ele já tinha PSDB, PSD, PTB, PPS e PV. Ou seja, chega ao fim das convenções fortalecido. Bolsonaro, se não ganhar pelo menos um partido aliado, terá dificuldades em sua solitária caminhada com PSL. E o PT vive semana dramática entre lançar ou não um candidato que cumpre pena na prisão.

Aqui pelas nossas araucárias, a política vive mais uma vez a novela Osmar Dias. Uma candidatura heróica ao governo, ou uma aliança que possibilite voltar ao senado e certa participação no governo. Quem sabe na próxima sexta já saberemos, ou talvez ainda não.

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email